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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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“Ser Comando tornou-me outro homem, mais sensível e resistente ás dificuldades da vida” diz António Alves(c/som)

 

Os Comandos são por definição forças de combate ligeiras, não blindadas, vocacionados para operações convencionais de natureza eminentemente ofensiva.

Têm capacidade de projeção imediata, elevada capacidade técnica e tática, grande flexibilidade de emprego e elevado estado de prontidão, capitalizando a surpresa, velocidade, violência e precisão do ataque, como fatores decisivos.

Pela sua especificidade nem todos os que decidem seguir a vida militar escolhem ingressar nos Comandos. Talvez pela complexidade dos requisitos existentes, algo que os anos foi alterando e muito.

A Rádio Campanário esteve à conversa com António Alves, atualmente Funcionário da CM de Redondo mas que na sua história de vida têm a particularidade de ter sido Comando.

António Alves conta-nos que esteve na Amadora e que frequentou o curso de comandos em 1978” explicando que “acabei o curso e passei para o curso de instrução.”

Desses tempos recorda as “coisas sui generis” que viu explicando que “para se ir para os Comandos ou se é preparado ou não é.”

Relembra um episódio quando, estavam por exemplo na fila para jantar e o Comandante deu ordem para se apresentarem na parada para realizarem uma marcha de 8kms. Sobre este episódio em concreto conta-nos “havia lá rapazes que já tinham metido material que não deviam e dois deles morreram à porta de armas.”

Questionado se na sua opinião para se ser comando há que ter características específicas, António Alves refere que é preciso acima de tudo “muita força psicológica, mais de 80% é o que é mais importante.”

Ainda assim, na sua opinião, para António Alves, “a formação para se ser comando mudou muito” realçando “agora têm armas novas enquanto no meu tempo as armas tinham vindo do Ultramar e até as rações de combate, até já fora de validade, eu comi e não morri.”

António Alves tem a certeza que ser Comando mudou a sua vida e diz com toda a convicção “a parte boa de ter sido comando: tornei-me outro homem , mais sensível, mais frontal, mudei muito” acrescentando “tornei-me mais resistente a reagir física e analogicamente ás situações da vida.”

Se o tempo voltasse atrás António Alves faria a mesma opção de vida e escolheria novamente ir para os Comando.

 

 

 

 

 

 

 

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