A Taça de Troia “já está recuperada e em condições de vir para Vila Viçosa em breve”, adianta à RC Alberto Ramalheira, presidente do Conselho Administrativo da Fundação da Casa de Bragança.
“É uma peça muito importante , no entanto, temos que ter cuidado com o problema da segurança”
Alberto Ramalheira
O dirigente demonstra preocupações com a segurança necessária para trazer e expor a peça em Vila Viçosa, afirmando que requer um “lugar seguro, que não nos faça correr qualquer risco”.
Guardada nas reservas de Arqueologia da Fundação da Casa de Bragança, em Vila Viçosa, com o título de «tigela velha com defeitos», o valor da preciosa taça de prata do tempo Romano foi descoberto no âmbito de um artigo publicado por uma investigadora do Instituto de História da Arte da Universidade de Lisboa, onde vinha um desenho feito à época, 1850, de uma taça ornamentada, que despertou a atenção da diretora do Museu-Biblioteca, Maria de Jesus Monge.
A dirigente pensou inicialmente que teriam na sua posse uma cópia, mas o Museu Nacional de Arqueologia confirmou a originalidade da peça. Encontrada em 1814 numa falésia em Troia, dentro de um cofre de chumbo, foi adquirida pelo Governador Civil da época, acabando por chegar às mãos de D. Fernando II. No inventário por morte do rei D. Fernando II, a sua designação já nada relaciona a peça com a descoberta de Troia, era caraterizada como “uma tigela velha com defeito”.
