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Quinta-feira, Março 28, 2024

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Trajes do Alentejo inspiram nova coleção de selos dos CTT

Os CTT apresentaram uma nova emissão sobre os Trajes do Mediterrâneo com um selo de uma ceifeira e pastor do Alentejo, e um selo com uma salineira e pescador do Algarve.

As ceifeiras alentejanas, entregues a uma dura rotina, grande parte do ano intensificada pela persistência das elevadas temperaturas, apresentavam trajes que as protegiam do calor. A cabeça era coberta por um chapéu braguês de aba larga revirada, com fita garrida e ramos de flores ou espigas, que se sobrepunha a um lenço de algodão. A blusa em tecido grosso protegia-se com o xaile. Durante a ceifa, as saias puxavam-se até ao joelho, presas à volta das pernas por cordões ou alfinetes, convertendo-se em calções para facilitar o trabalho. Usavam-se botas de cano alto, em pelo de bezerro, mas também sapatos de cabedal.

Os pastores alentejanos, calçados com botas cobertas por polainas de cabedal, conjugadas com os safões, feitos do mesmo material ou de ovelha, sobre as pernas, e os pelicos de bezerro, sobre o tronco, ofereciam proteção necessária contra a agrura climática, tanto a estival como a do inverno. Usavam calças grosseiras e camisa com pregas. A cabeça estava protegida por chapéu de feltro preto com aba larga.

As salineiras do Algarve vestiam-se de forma a protegerem o corpo da agressão combinada do sol, do sal e da luminosidade dele dimanada. Razão para levarem a cabeça e a cara cobertas por um bioco. Em cima dele envergavam um chapéu, sobre o qual carregavam pesadas alcofas de esparto contendo o sal. Usando uma blusa clara, o traje destas trabalhadoras evidenciava–se pela forma como dispunham a saia, arregaçando-a ao nível dos joelhos para facilitar os movimentos. As mãos eram protegidas por meias velhas fazendo vezes de luvas, mas os pés iam descalços.

Também os pescadores da região tinham o costume de andar descalços, conjugado com o hábito de arregaçar as calças. A camisa de flanela em xadrez e cores vivas era a norma. O barrete e o lenço tabaqueiro completavam a indumentária. Os que iam para mar alto e por lá ficavam mais tempo revelavam outras exigências de calçado.

Esta emissão filatélica é composta por dois selos, um com o valor facial de 0,53€ e outro com o valor facial de 0,86€ e uma tiragem de 100 000 exemplares cada. O design dos selos esteve a cargo de Jorge Macedo do Infolio do Design e os selos têm um formato de 40X30,6mm.

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