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Turismo e agricultura são os principais responsáveis pela crescente diminuição homóloga do desemprego, diz Delegado Regional do IEFP (c/som)

O Instituto Nacional de Estatística (INE), lançou na passada quarta-feira, dia 9 de agosto, dados que estimam uma uma nova descida nos valores do desemprego, no segundo trimestre do ano de 2017, de 10,1% para 8,8% relativamente ao primeiro trimestre de 2017, e de 2,0% relativamente ao período homólogo de 2016.

Arnaldo Frade, Delegado Regional do Alentejo do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Évora, falou à Rádio Campanário sobre a situação na região Alentejo, explicando que a entidade que representa trabalha apenas com os números decorrentes de “inscrições no ficheiro”.

Nesse âmbito, afirma, a região Alentejo encontra-se também “numa situação de descida do desemprego”, há meses consecutivos.

Segundo os dados mais recentes disponíveis, relativos ao mês de junho, a região Alentejo apresentou uma descida de 20,8%, que no mês homólogo de 2016, afirma.

Também o “número de ocupados” diminuiu (em mais de 700 pessoas), classificando-se estes como cidadãos que, estando inscritos no IEFP, se encontram inseridas em medidas ativas de emprego ou de formação, não contando como desempregados.

Avança ainda que também o número de anulações diminuiu, assim como o de pessoas que, estando a trabalhar, se encontram inscritas no IEFP visando outro emprego. Conjugando a diminuição de todos estes fatores, conclui, pode-se afirmar existir “uma descida real” e constantes dos números, “consolidada por vários indicadores”.

Em termos homólogos, as decidas verificadas têm sido consistentemente superiores a 10%, próximas dos 20%, tendo a sub-região do Alentejo Central verificado uma descida de cerca de 19% no desemprego, assim como nos outros parâmetros suprarreferidos.

Também o número de ofertas de emprego tem sido crescente, verificando-se atualmente uma “situação de grande vulnerabilidade” em termos de qualificação das pessoas, uma vez que “cerca de 65% das pessoas” inscritas, não possuem o 12º ano de escolaridade, acrescenta Arnaldo Frade.

A comparação destes valores é feita de forma homóloga, ou seja, comparando o mês com o mesmo mês do ano anterior, de forma a evitar inquinar os resultados, pois apenas no mesmo período de tempo, se verificam as mesmas necessidades setoriais, nomeadamente a nível da agricultura e do turismo, que nos meses de verão tendem a aumentar, acrescenta.

O Delegado Regional do IEFP, afirma serem efetuados todos os esforços “da parte do Estado, da parte do Instituto”, para canalizar ajudas “para os casos de apoio efetivo e permanente”. Contudo, alerta para o facto de todos os esforços e medidas serem impotentes, perante a necessidade sazonal do contratante, o que “é próprio também do tipo de atividade”.

Arnaldo Frade evidencia que, em períodos homólogos, se verificou um número superior de pessoas inscritas no centro de emprego, o que significava que “tínhamos menos gente a investir, tínhamos menos necessidade de ocupação de postos de trabalho”.

Aponta ainda que o desenvolvimento da economia, se traduz na geração de riqueza, aumentando as “disponibilidades financeiras” das pessoas, e possibilitando que “o mercado de trabalho” assimile “mais pessoas”.

O representante do IEFP conclui, afirmando que “neste momento estamos numa situação de queda continuada e sustentada do desemprego, por via de um dinamismo económico”, em detrimento de transições entre categorias no âmbito das qualificações técnicas dos desempregados.

 

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