A Santa Casa da Misericórdia de Portalegre (SCMP) manifestou-se hoje disponível para acolher “entre 20 a 30” refugiados da Ucrânia, mais precisamente mulheres e crianças, na sequência da ofensiva militar da Rússia naquele país.
“A SCMP tem condições, obviamente com sacrifício, mas a solidariedade também se faz desse sacrifício, para acolher 20 ou 30 mulheres e crianças nas suas instalações”, disse à agência Lusa a provedora da instituição, Luísa Moreira.
De acordo com a responsável, na SCMP é possível oferecer aos ucranianos, de imediato, “alojamento, alimentação, apoio e carinho”.
“Esta guerra, este ataque aos direitos humanos mais básicos, revolta qualquer pessoa e a SCMP, sendo uma instituição de caráter social e assumidamente católica, pode ajudar, recebendo pessoas”, sublinhou.
Luísa Moreira alertou ainda que, nesta fase do conflito, “não poderão ser apenas” os países mais próximos, como a Polónia ou a Alemanha, a acolher refugiados.
“Nós sabemos que muitas crianças, muitas mulheres, sobretudo, estão a ter que abandonar a Ucrânia e, provavelmente, não poderão ser apenas a Polónia, a Alemanha e os países mais próximos a acolhê-los”, disse.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram cerca de 200 civis, incluindo crianças, segundo Kiev.
A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
C/Lusa