Em 2017, Inácio Esperança, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Évora, afirmou a esta estação emissora que o SIRESP não funcionava no distrito de Évora, cobrindo apenas 40% do território. Um ano depois, e aproximando-se a época de incêndios de 2018, o dirigente declarou à RC que “a cobertura, naquilo que tenho informação, está exatamente na mesma”.
Questionado sobre esforços feitos para colmatar o problema, declara que “não compete à Federação resolver a falha”, sendo que em resultados de exercícios anteriormente realizados, “já estava referenciado” há algum tempo, “e foi comunicado a todas as autoridades” competentes.
Atualmente, a Federação está a trabalhar “com a Liga dos Bombeiros Portugueses e a Autoridade Nacional de Proteção Civil, a fazer formação a todos os bombeiros e a levar a todos os bombeiros mais equipamentos”. Desta forma, e mantendo-se a situação no que concerne à cobertura, está a ser desenvolvido trabalho “em termos de formação, de códigos e de georreferenciação de viaturas. […] É um trabalho que já devia estar concluído, mas ainda não está, esperamos concluí-lo rapidamente”.
Em Vila Viçosa especificamente, “continua a haver pontos negros que não estão resolvidos, principalmente nas zonas mais dobradas, na zona leste do concelho”.
Recorde-se que o SIRESP – Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal visava proporcionar uma rede única de comunicações às forças de segurança, de emergência, proteção civil e socorro a nível nacional.
Relativamente aos meios de combate a incêndios atribuídos ao distrito, aponta que se mantêm e que com os mesmos “as coisas têm funcionado bem no nosso distrito”.
A cobertura no que diz respeito aos bombeiros e outras forças é “musculada”, pelo que eventuais problemas a se registarem não serão “pela falta de meios”.
Inácio Esperança aponta apenas que “seria bom que os meios aéreos pudessem vir mais cedo e pudessem permanecer mais tempo”.
