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Quarta-feira, Abril 24, 2024

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União de Sindicatos de Évora considera inaceitável o “lay off ” na Rodoviária do Alentejo

A União de Sindicatos de Évora, de acordo com a notícia avançada pela Rádio renascença, contestaram o “prolongamento do lay off por mais nove meses”, anunciado pelo grupo Barraqueiro, a quem acusam de contribuir para que a região fique cada vez mais isolada.

Contra o prolongamento do lay-off na Rodoviária do Alentejo e a resultante redução e supressão de carreiras, a União dos Sindicatos do Distrito de Évora (USDE) promoveu, ontem, uma ação de denúncia e esclarecimento junto à Rodoviária, na cidade-museu, exigindo o direito à mobilidade e a um transporte público que garanta o desenvolvimento do distrito.

“A Rodoviária do Alentejo anunciou o prolongamento do ‘lay-off’ por mais nove meses e, por isso, temos todos os transportes parados, num distrito onde o transporte é todo ele rodoviário, onde as localidades tem grandes distâncias entre si, com consequências graves para as populações, sobretudo os mais idosos que dependem deste transporte para acesso ao hospital ou a outros serviços públicos”, denuncia, Tiago Aldeias, coordenador da USDE, estrutura da CGTP-IN.

A Rodoviária do Alentejo, em meados de julho, terá informado os trabalhadores sobre o propósito de avançar com a redução dos períodos normais de trabalho e suspensão dos contratos de trabalho, ao abrigo do lay-off, por mais nove meses, com início a 1 de agosto.

“Estamos aqui, para contatar com os trabalhadores e alertá-los para esta situação, primeiro por tratar-se de corte no seu salário e, depois, para chamar a atenção para um problema que é também social, com consequências gravosas para as suas vidas”, justificou, aos jornalistas, Tiago Aldeias.

A União dos Sindicatos de Évora, considera a “situação inaceitável”, tendo em conta o seu contributo para que a região esteja cada vez mais isolada, uma vez que estas populações estão sem comboios desde há muitos anos, e agora sem transporte rodoviário.

“Quando falamos dos problemas da desertificação e do despovoamento do Alentejo, e depois não proporcionamos às pessoas, condições de vida e meios de deslocação, assim é difícil que alguém se queira fixar na região”, conclui, Tiago Aldeias, lembrando que a situação vai piorar, a partir de setembro, “com o regresso dos alunos às aulas, muitos dos quais dependem deste transporte para chegar aos estabelecimentos de ensino.”

Da ação desta sexta-feira, em Évora, atendendo ao agravamento previsível da situação em toda a região alentejana, sai, ainda, um apelo dos sindicalistas, para que “as populações e os movimentos de utentes tomem posição e se manifestem para contestar esta ausência de serviço publico”.

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