Na passada semana, a Câmara Municipal de Alandroal aprovou a designação de Paulo Gonçalves como vereador a tempo inteiro, uma proposta apresentada pelo executivo socialista, que governava com maioria relativa, e aceite pelo vereador da CDU.
Em declarações à Rádio Campanário, o presidente do município alandroalense, João Grilo, confirma “conversações oficiais com a CDU que não se traduziram em acordo”, e falhada essa etapa, o autarca entendeu que “faria todo o sentido que houvesse diálogo pessoal com algumas pessoas”.
João Grilo considera que o convite aceite pelo vereador da CDU é “mais um contributo muito sério para pôr em prática um conjunto de ideias, projetos e de compromissos (…) que não podem ficar na prateleira por questões de política ou por questões de boicote”.
Questionado sobre a necessidade de um acordo para a pôr em prática o programa eleitoral, o presidente refere que os alandroalenses precisam de “estabilidade” e que quem tem a responsabilidade de governar “possa por em prática o seu projeto para, ao fim de quatro anos, ser julgado por toda a gente”, sublinhando que os eleitos “têm a responsabilidade de assegurar um quadro político que não seja ingovernável”.
No que diz respeito a questões partidárias, João Grilo desvaloriza e afirma que “quem está do lado das populações está sempre do lado certo”, reconhece que o vereador Paulo Gonçalves tem “as suas ideias” e afirma que o cargo foi aceite sem “qualquer exigência”.
No final das suas declarações, o presidente do município de Alandroal afirma-se ciente de que “todos os dias há novas exigências”, e a tomada de decisões só acontece “depois de ouvir a equipa”, garantindo que “tudo o que levamos para a frente é resultado de diálogo e de conversa”.