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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Vice-reitora da Universidade de Évora desmente suspeitas de falsificação nas análises à qualidade da água do Porto de Sines (c/som)

Em declarações à Rádio Campanário (RC), sobre as suspeitas sobre a fiabilidade dos resultados de um estudo à qualidade da água do Porto de Sines, elaboradas pelo Laboratório de Ciências do Mar (CIEMAR) da Universidade de Évora, a vice-reitora, Ausenda de Cáceres Balbino, diz que o laboratório “tem uma prestação de serviços com o Porto de Sines e realizou as análises, como realizou anteriormente, e fê-lo cumprindo com todas as regras e com todo o rigor científico como sempre foi feito”.

Em causa estarão as discrepâncias entre as análises elaboradas em outubro de 2016, após o derrame de fuelóleo do navio MCS Patricia, feitas às águas superficiais do mar, que demonstraram não haver poluição resultante deste incidente, e as elaboradas pelo Instituto Hidrográfico de Lisboa, em fevereiro, a pedido do Departamento de Investigação e Acção Penal, conforme noticiado anteriormente pela RC.

Sobre essa diz discrepância e as suspeitas daí resultantes, a vice-reitora da Universidade de Évora declara que “o laboratório não falseou análises nenhumas”. Acrescentando que “as análises estão devidamente suportadas, técnica e cientificamente”. Por outro lado, fez questão de explicar ainda que “o Porto de Sines não dá qualquer financiamento ao laboratório, há uma prestação de serviços e essa prestação de serviços resulta apenas do concurso”.

Apesar disso, fez questão de referir que “as análises e as técnicas utilizadas são as técnicas que estão previstas nestes tipos de trabalhos”, admitindo que “possivelmente há discrepância”, mas “as análises foram feitas em momentos diferentes, em sítios diferentes, e portanto, não é possível comprar os resultados de análises diferentes, com recolhas diferentes”.

Ainda assim, “que a universidade tenha conhecimento, neste momento o laboratório não está a ser investigado, não há qualquer investigação do Ministério Público”, garante a mesma. Afirmando que nem a universidade nem o laboratório foram ainda abordados pelas autoridades sobre esse assinto. “Não fomos contactados pelo Ministério Público no sentido de qualquer esclarecimento”, diz Ausenda de Cáceres Balbino.

De momento, “o CIEMAR tem um contrato de prestação de serviços com o Porto de Sines, se nenhuma das partes o rescindir, ele irá até ao final”.

 

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