A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, esteve ontem em Vila Viçosa.
A governante reuniu com o Executivo da Câmara Municipal, numa reunião de trabalho que pretendeu abordar diversos temas estruturantes para o concelho de Vila Viçosa, entre eles a questão das Acessibilidades e variante para a zona de exploração de pedreiras assim como as ERPIS – Estrutura Residencial para pessoas idosas – Bencatel, Ciladas – São Romão.
A Rádio Campanário falou com Inácio Esperança, Presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa, que nos fez o balanço desta reunião .
O autarca começou por nos referir “o balanço desta reunião é muito positivo” acrescentando “estas questões aqui abordadas são, não só do interesse de Vila Viçosa mas também do País porque algumas delas, que nos são muito caras, são também muito preocupantes para o País” dando como exemplo a questão das Etars “um assunto que não é novo e que carece de investimento , grande, necessário de executar rapidamente e esta execução só é possível se o Governo ajudar a Câmara Municipal de Vila Viçosa a resolver estas situações.”
Nesta reunião esclarece “tentámos abordar aquilo que é mais urgente pois Vila Viçosa precisa de muito mais coisas” acrescentando ainda “Vila Viçosa está num estado de atraso relativamente à maioria dos restantes Municípios porque a maior parte dos problemas que nós temos hoje são estruturais e foram resolvidos por outros Municípios no Qren e no Pt2020- Etars , infraestruturas básicas, rodoviárias, entre outras.”
“Nós não resolvemos estes problemas e agora deparamo-nos com um problema grave: o próximo quadro comunitário não contempla verbas para algumas destas questões e elas são essenciais” sublinhou ainda o Autarca.
Segundo o Presidente da Câmara Municipal “sensibilizámos a Senhora Ministra para a importância destas questões e óbviamente que há verbas fora do PT2030 que podem ajudar em alguns casos ajudar Vila Viçosa, nomeadamente através do EDM ou Fundo Ambiental.”
“Para cada um destes projetos vamos encontrar financiamentos; em alguns deles teremos que ir mesmo ao PT2030 noutros vamos poder ir ainda , em parte, ao PT2020 e a outros fundos que vão perdurar no tempo e que não têm a ver com Fundos Comunitários” sublinhou ainda o Edil “destacando o caso da Variante a Bencatel e o caso das acessibilidades às pedreiras e do Pear da Vigária , da Unor e da Lagoa, das Etars, ou seja tudo isso pode ainda ser apoiado por outros fundos, tal como as ermidas e Capelas.”
Inácio Esperança conclui dizendo que a reunião “foi muito positiva e que a Senhora Ministra foi sensibilizada , vai com imensa vontade de nos ajudar e agora aguardemos que, pelo menos naquilo que já temos projetos para arrancar , possa ser rápida a execução e a solução”.
No que diz respeito à questão da Construção da Biblioteca e dos Lares, Inácio Esperança sublinhou “de facto para a Biblioteca o RR não se aplica e para ERPIS já foi aberto um aviso, estamos a tentar convencer o Governo para que abra um segundo aviso.”
“Julgo que neste momento não há enquadramento mas iremos sensibilizar também a senhora ministra da Solidariedade para a necessidade de um novo aviso para ERPIS porque para estas não irá existir financiamento no âmbito do PT2030” adiantou.
Questionado pela Rádio Campanário se não se coibiria de ir à Banca para fazer obra, e se não conseguindo instrumentos financeiros para resolver estas questões prioritárias, se o fará, Inácio Esperança refere “para aquilo que for estruturante sim, por exemplo no caso de uma ETAR ou Tratamento de águas ou canalização de um rua ou uma ERPI; mais do que isso não porque outros investimnetos, mesmo prioritários, não os devemos fazer com endividamento.”
