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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Vila Viçosa: “Obviamente que sendo um exame, o peso é sempre outro, os próprios alunos encaram uma prova de exame de uma forma completamente diferente do que uma prova de aferição” disse Rui Sá (c/som)

No ano de transição do novo modelo de avaliação externa do ensino básico, o Agrupamento de Escolas de Vila Viçosa foi um dos estabelecimentos de ensino que optou por não realizar as novas provas de aferição destinadas ao 2º, 5º e 8º ano.

Segundo anunciado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, o novo modelo de avaliação externa no ensino básico, pretende identificar  as dificuldades dos alunos a meio do ciclo de modo a que estas possam ser corrigidas até ao final do ano lectivo. Uma prova que de forma rotativa irá para além do Português e da Matemática estender-se a outras disciplinas sendo que no presente perído escolar ,o 2º ano, já teve uma componente de Estudo do Meio.

À Rádio Campanário o diretor do Agrupamento de Escolas de Vila Viçosa, Rui Sá, revelou que “ optámos por não participar (…) porque temos implementado o sistema de provas globais, portanto, que fazia parte do meu plano de intervenção quando me candidatei a diretor “. Acrescentando que “ até porque também toda a logistíca das provas de aferição se atrasou um pouco com o decorrer do ano letivo e uma vez que tinhamos o projeto das provas globais decidimos este ano não partipar, para o ano logo participaremos a cem por cento “.

Sobre as novas componentes de avaliação da prova de aferição referiu  “ penso que quando se passa de um modelo para o outro temos que analisar primeiro como é que está a correr o modelo e como é que vamos implementar o segundo e , portanto, acho que não houve um timing entre a alteração de um modelo e a implementação do outro”.

Instado a pronunciar-se sobre o facto das provas de aferição deixarem de contar para avaliação, expressou que “ obviamente que sendo um exame o peso é sempre outro, é diferente mesmo os próprios alunos encaram uma prova de exame de uma forma completamente diferente do que uma prova de aferição porque sabe-se que à partida a prova de aferição não conta para avaliação”. Destacando que “ do meu ponto de vista não haverá um empenho tão grande como quando há exame , obviamente que o exame tem também um peso, talvez aí se pudesse ter pensado na diminuição do peso que cada exame tinha , principalmente nos primeiros anos de ciclo como o 4º. , o 6º. ano e gradualmente ir mudando este modelo que estava implementado”.

Rui Sá sublinhou que “ concerteza que para o ano vamos aderir e tentaremos motivar quer os alunos, quer também o pessoal docente para que os resultados continuem à semelhança daquilo que têm vindo acontecer (…) cada vez melhores , portanto, preparar os nossos alunos para a vida futura, para a vida académica e para a vida profissional”.

Na sequência do carater facultativo das novas provas de aferição  os habituais rankings que divulgam os resultados  obtidos nas várias avaliações a nível nacional permitindo assim apurar as melhores e piores escolas do país deixaram de ser realizar por não haver termos de comparação.  Relativamente a esta questão diretor do Agrupamento de Escolas de Vila Viçosa esclarece que  “ nunca me preocupei muito com os rankings (…) até porque os rankings não têm em conta outras coisas que do meu ponto de vista deviam ter , nomeadamente o nível socioeconomico das populações, portanto, não nos podemos esquecer que estamos numa zona do interior , não estamos numa zona rica assim sendo comparar e colocar no mesmo saco todas as escolas do país penso que isso é uma situação que nunca se deveria ter colocado”.

Recorde-se que os exames do 4.º e 6.º foram eliminados  pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, de modo a proceder a uma avaliação das aprendizagens a meio dos ciclos de ensino.

 

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