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Quinta-feira, Março 28, 2024

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Visita da Virgem Peregrina de Fátima ao Cáucaso adiada devido à situação pandémica

A visita da Imagem nº 2 da Virgem Peregrina de Fátima ao Cáucaso foi adiada para uma data mais oportuna, ainda não definida, devido à emergência sanitária que se verifica nesta região do Mundo, conforme divulgado pelo Santuário de Fátima.

O aumento do número de casos de Covid-19, nomeadamente o número de mortes e as consequentes restrições de mobilidade na zona, levaram os responsáveis das dioceses locais- Geórgia, Azerbaijão e Arménia- a adiar esta visita “tão esperada e desejada” como refere o Núncio Apostólico, o arcebispo D. José Avelino Bettencourt numa carta enviada ao Reitor do Santuário.

“É com imenso embaraço que venho participar esta realidade, pedindo desculpa pela situação e que seja concedida uma futura data para a muito desejada visita da Imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima à região” afirma o representante da Santa Sé no Cáucaso e promotor da iniciativa.

“Proporemos uma ulterior data apenas quando as condições melhorarem” refere ainda.  

Na Geórgia, país com 3,5 milhões de habitantes regista-se uma média de 50 vítimas por dia e no Azerbaijão as fronteiras encontram-se fechadas, com muitas limitações de circulação.  

A Imagem da Virgem Peregrina de Fátima deveria visitar o Azerbaijão, país de maioria muçulmana, de 20 a 27 de setembro. Seguir-se-ia a Geórgia, de 28 de setembro a 14 de outubro e finalmente a Arménia, país berço do cristianismo no mundo, de 15 a 31 de outubro. 

A Imagem deveria passar pelas paróquias e comunidades católicas dos três países, onde já decorria uma preparação com catequeses e  celebrações alusivas à mensagem de Fátima, com uma intenção especifica “de reconciliação e de paz”, numa zona onde permanecem congelados vários conflitos, alguns reacesos no decurso do ano passado, que ameaçam a estabilidade e a segurança de toda a região.

Esta viagem é para o Santuário de Fátima, também, muito importante dado que se trata de uma região do continente europeu fustigada, há muitos anos, por guerras e graves crises políticas.

A Arménia, primeiro país a proclamar o Cristianismo como sua religião no longínquo ano de 301, está envolvida numa guerra com o vizinho Azerbaijão desde 1989 e estes dois países precisam de paz e de uma reconciliação que tarda em chegar.

Os apelos à paz e conversão que brotam de Fátima assumem especial atualidade nesta região, ainda instável, e com feridas abertas causadas pelo mais recente conflito fronteiriço sobre Nagorno-Karabakh, que opõe a Arménia cristã ao Azerbaijão muçulmano. E o mesmo se diga da Geórgia, maioritariamente ortodoxa, a braços com revoltas independentistas nas regiões de Ossétia do Sul e Abkhazia.

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