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Quinta-feira, Março 28, 2024

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Volta a Portugal em bicicleta: 1.ª etapa – Declarações

Declarações no final da primeira etapa da 83.ª Volta a Portugal em bicicleta, disputada hoje entre Vila Franca de Xira e Elvas, no total de 193,5 quilómetros:

 

Scott McGill (vencedor da etapa): “É um alívio [estrear-se a ganhar]. Planeamos sempre ganhar, mas normalmente o plano não corre bem. Sabe bem quando corre.

Tinha de lhe dizer [à namorada], porque ela estava no trabalho, infelizmente não pôde ver a corrida”.

 

Rafael Reis (líder da geral individual): “Mesmo na placa dos últimos três quilómetros, estava um estreitamento muito perigoso. E, depois, aquilo foi uma confusão: muita gente fora do separador, fora da barreira dos três quilómetros. Depois, entraram numa rotunda outra vez, depois saíram. Acabou por haver uma queda à falta de dois, ia-se a muita velocidade. Houve alguém que ficou gravemente lesionado, vi bicicletas partidas, e eu acabei por me conseguir salvar. Levei só uma canelada

Mas está tudo bem, salvámos o dia. Amanhã [sábado], espera-se um dia quente novamente – hoje, foi só do meio para a frente. Amanhã é outro dia e esperamos manter a amarela. 

As coisas são imprevisíveis. Imaginem que a queda tinha sido a quatro quilómetros da meta, e já tinha de tentar entrar. 

Acabámos por fazer um grande trabalho de equipa. O Afonso [Eulálio] e o Fábio [Costa] estiveram soberbos, se calhar até um bocadinho de mais, porque a fuga estava sempre muito perto. São dois jovens de muito valor, que um dia vão estar no meu lugar, seguramente, se calhar até melhor.

Não é nada que eu não esteja habituado [a distribuir bidons pelos companheiros]. Sei para o que é que vim nesta Volta a Portugal. Sei quem são os líderes, isso é claro. Sei o que se vai passar no dia da Torre [ri-se], isso é claro. Não escondo nada. O meu objetivo nesta Volta é o mesmo do ano passado: levar os meus líderes o melhor possível e de maneira a que eles gastem menos e que não estejam envolvidos em quedas”.

 

Mauricio Moreira (terceiro classificado da etapa e segundo da geral individual): “Sem dúvida que o resultado é bom. O terceiro lugar numa etapa da Volta é sempre um bom resultado, também serve para ter ainda mais confiança. É o que tenho dito nestes dias: não chego [à Volta] muito confiante. 

Também era uma meta um bocado difícil, de colocação no final, e felizmente pude estar bem colocado, graças à equipa. 

As sensações foram bastante boas. O calor começou a incomodar mais aqui já praticamente no final. Agora, vamos mais para o interior, o calor vai incomodar um bocado mais, e espero estar preparado para isso.

A etapa não estava nos planos, não era parte da tática, mas aquilo que sim está nos planos quando se quer disputar uma Volta é não correr riscos. Uma etapa como a de hoje, para correr o mínimo possível de riscos, tem de se estar na frente.

A chegada foi confusa. Havia uma rotunda muito perigosa a 400 metros.

A amarela continua com o Rafa [Reis] e para mim isso é uma alegria enorme”.

 

Hugo Nunes (líder da classificação da montanha): “Já começa a ser tradição na Volta a Portugal. Hoje não estava à espera, por acaso agarrei a oportunidade. Como sempre, agarro todas as oportunidades que me surgem.

Ainda vamos falar à noite com toda a equipa, mas à partida será novamente o objetivo [defender a camisola]”.

 

João Macedo (primeiro ‘fugitivo’ da 83.ª edição): “Depois da etapa de hoje, no mínimo, queria a camisola da montanha, que foi para isso que iniciei a fuga. Ganhei a primeira meta de montanha e, depois, segui a solo para pontuar. Ao pontuar, sabia que iria ao pódio. Não estava à espera de subir ao pódio pela combatividade. 

É um sabor agridoce, mas levo um troféu para casa. É a minha primeira vez no pódio da Volta a Portugal, foi uma boa experiência”.

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