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Terça-feira, Abril 16, 2024

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1ª Mostra de Economia Circular “ultrapassou as expetativas e apresentou soluções para a região”, diz Sec. Estado. A RC mostra-lhe as fotos (c/som)

A 1ª Mostra de Economia Circular decorreu no Campus Politécnico de Portalegre esta quinta feira, 4 de julho, em conjunto com a 2ª Maratona Nacional de Projetos de Economia Circular, que consistiu em breves apresentações de 5 minutos no formato pitch e ainda duas mesas redondas: (Des)construir para a economia circular e Boas práticas na gestão de RCD.

O evento contou com a presença do Secretário de Estado do Ambiente que apresentou os resultados de um estudo sobre Resíduos de Construção e Demolição (RCD), dando início a um ciclo de divulgação nacional.

A Rádio Campanário marcou presença na mostra e recolheu as declarações dos intervenientes.

Para o Secretário de Estado do Ambiente João Ataíde “foi uma surpresa agradável”, justificando que “está aqui a solução não só para tratar resíduos, mas filtrar as nossas águas”.

João Ataíde considera “um ganho imenso”, pois o ciclo natural da água é umas das principais preocupações dos governantes, procurando “manter a água com padrões de qualidade compatíveis com os usos”.

“Estas soluções orgulham Portugal e ultrapassam as minhas expetativas”
João Ataíde

O Secretário de Estado não deixa de referir aos nossos microfones que “esta região tem problemas ao nível da contaminação por pesticidas e fertilizantes”, considerando que lhe foi apresentada “uma solução muito interessante, que ultrapassou em larga escala as suas expetativas”.

Roberto Grilo, presidente da CCDRA (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo), aponta aos nossos microfones que “é um passo importante, é a consolidação daquilo que tem vindo a acontecer relativamente a um metabolismo para se perceber o que se está a passar em termos ambientais”.

O presidente da CCDRA considera que “estamos a construir uma agenda regional na qual se possam desenvolver todos os intervenientes, partindo logo com os municípios que tem grandes responsabilidades sobre estas matérias ambientais, mantendo o índice de excelência ambiental que a região tem”.

“Somos a melhor região do país em termos de índice de excelência ambiental”
Roberto Grilo

 

Roberto Grilo considera que o projeto “já é um instrumento central da nossa estratégia que queremos amplificar e aproximar de cada um, para que cada cidadão seja um promotor desta excelência ambiental”.

Quando questionado pela RC sobre alguns pontos problemáticos que existem no litoral Alentejano, Roberto Grilo considera que “obviamente que quando se trata de uma agenda regional, estão englobados todos os pontos, sejam eles no litoral ou no interior”, acrescentando que “tentaremos de alguma forma ter um instrumento que responda a todas essas questões”

Adelaide Teixeira, presidente da Câmara Municipal de Portalegre “a responsabilidade deve começar não só nos municípios, mas em todos nós enquanto cidadãos, isso depende da forma em como estamos consciencializados”.

A autarca considera que “se não tivermos esta consciência que os recursos são finitos a nossa sobrevivência enquanto espécie humana pode estar comprometida”. Adelaide Teixeira refere que “Portalegre já começou com algumas iniciativas, nomeadamente ao nível da alimentação saudável”.

 A edil refere aos microfones da RC que em Portalegre “temos um projeto já no mercado municipal onde vamos tentar eliminar tudo o que é plástico”, acrescentando que “estas medidas têm impacto a nível da economia dos países”.

“Cabe a todos nós dar o exemplo nestas questões ambientais”
Adelaide Teixeira

A autarca sublinha que “somos o território que menos polui a nível do país, no entanto isso não nos dá a liberdade para começar a poluir, temos de continuar no caminho que temos vindo a traçar”.

A presença do IPP, reconhecido pela FCT, é na opinião da autarca “um potencial enorme para que exista inovação e criatividade de forma a reutilizar e requalificar todas estas matérias primas”.

Questionada pela RC se eventualmente será necessário mais financiamento para estas matérias ambientais, Adelaide Teixeira refere que “cada vez mais estas questões têm de ser assentes nos valores, para mudarmos as atitudes e os comportamentos temos de ter aqui mais financiamento”

Para Albano Silva, presidente do Politécnico de Portalegre “o projeto passa pela valorização dos produtos endógenos, foi aprovado pela FCT como unidade de investigação, com financiamento e com bolseiros para doutoramento”.

“A avaliação que tivemos foi muito importante para o desenvolvimento do projeto”  
Albano Silva

Albano Silva destaca “área forte na componente ambiental” do projeto, referindo que “a avaliação da FCT é feita na base de três parâmetros, um deles é sobre os trabalhos já desenvolvidos, a outra avaliação é sobre o plano de atividades”

O centro de investigação “apenas foi aprovado agora”, arrancando apenas em 2020 “é um projeto a 4 anos, de 2020 a 2023, no final será reavaliado pela FCT e será decidida a sua continuidade ou não”.

Luís Loures, vice-presidente do Politécnico de Portalegre explica aos nossos microfones que “somos um dos membros do FECA (fórum de economia circular do Alentejo) e foi criada a possibilidade de se criar o laboratório de economia circular do Alentejo”, acrescentando que “esse laboratório devia ser coordenado por uma das entidades e nós fomos um dos interessados, tendo ficado centrado no Politécnico de Portalegre”.

O vice-presidente explica que “o laboratório tem 4 linhas principais, uma ligada aos resíduos de construção e demolição, uma ligada ao eco design, uma ligada a valorização de resíduos e energia e a última ligada ás produções sustentadas e ás questões do ambiente”, ás quais se juntou “uma nova linha que está ligada ás questões da sustentabilidade da água”.

Luís Loures refere que “o laboratório funcionou numa primeira parte como um catalisador da análise e caracterização da situação de referência, estando agora constituído como um dinamizador de projetos ligados a esta dinâmica”

“Esta unidade congrega toda a informação que temos recolhido nos últimos vinte anos”
Luís Loures

O vice-presidente e responsável pelo projeto refere que “temos vindo a crescer muito significativamente ao nível do número e do montante dos projetos, e os projetos tem tido um impacto cada vez maior naquilo que é a dinâmica regional”.

“A constituição do laboratório permite a afirmação IPP como um player crucial na dinamização da região”
Luis Loures

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