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Bombeiros de Sousel celebraram “37 anos de muitas histórias” (c/som e fotos)

A Associação Humanitária dos Bombeiros de Sousel comemorou o seu 37º aniversário, domingo, dia 4 de junho, iniciando as comemorações no quartel dos Bombeiros Voluntários de Sousel, com o hastear da bandeira da associação.

Luís Barreiros, Presidente da Direção da Associação Humanitária de Bombeiros de Sousel há 3 meses e meio, declara que “as dificuldades são muito grandes”, facto do qual estava consciente, quando “contra tudo e contra todos”, aceitou o cargo.

Reconhece que as dificuldades ao nível de apoios, força a corporação a estabelecer protocolos com o município, para obtenção de financiamento.

Para o seu mandato, aponta como objetivo principal o reforço do “espírito de grupo e de equipa, a trabalhar tudo em uníssono e com um objetivo comum que é a proteção à população de Sousel”.

Na cerimónia, a RC falou com, Armando Varela, Presidente da Câmara Municipal de Sousel que declarou que, os cerca de 10 anos passados como presidente da Direção da Associação Humanitária de Bombeiros de Sousel “foi um tempo muito bom e ao mesmo tempo muito difícil”.

Congratulando os bombeiros que prestam “socorro numa busca permanente de salvar vidas e salvar bens”, aponta a importância de melhorar as condições do quartel, e o financiamento efetivo, que tem vindo a ser reduzido.

Afirma que um “um país que tem dinheiro para tanta coisa, certamente que tem que encontrar formas para financiar aquilo que é a necessidade permanente do socorro, de combate aos incêndios florestais e de acorrer às tragédias que acontecem nas estradas, e na vida das pessoas”.

Relativamente à lei de financiamento aos quartéis, para apoio dos voluntário, que tem vindo a reduzir os apoios cedidos pelo estado, afirma que a existência da mesma reconhece a legitimidade de as corporações serem financiadas pelo governo, resta a necessidade de alocar meios financeiros à lei.

Tendo como base o número de habitantes, o autarca considera que esse financiamento faz sentido ao nível da prestação de socorro, não da dos fogos florestais, pois “não (se) pode olvidar aquilo que é a área territorial, florestal e agrícola”.

Rui Conchinha, Primeiro Comandante Operacional Distrital de Operações de Socorro do Distrito de Portalegre, afirma que “os bombeiros sempre tiveram dificuldades, mas sempre souberam superar essas mesmas dificuldades”.

Tem sido crescente a necessidade “de adaptar políticas àquilo que são as realidades, hoje das associações de corpos de bombeiros”, facto do qual “o governo, a tutela e os responsáveis que têm a área da proteção e do socorro, estão perfeitamente conscientes”.

O Comandante afirma que estes “37 anos de história naquilo que é a vida de um corpo de bombeiros, são 37 anos de muitas histórias”, construídas por soldados da paz que “sempre souberam cumprir aquilo que é a missão”.

Também presidente na cerimónia esteve, Presidente da Federação do Distrito de Portalegre, que relativamente à lei de financiamento diz que “há alguma reposição, que foi tirada pelo governo anterior, em relação a direitos que os bombeiros tinham, em termos de incentivos para aderir ao voluntariado”, que considera que necessitam de ser revistos e repostos.

Francisco Louro defende que deve ser conferida força, incentivo e condições aos quartéis, pois, “o interior do país está desertificado […] mas temos muita gente a aderir ao voluntariado”.

Prevendo a lei uma redução gradual anual de 5% do financiamento, receia que acabem com “uma mão cheia de nada”.

Perante este cenário, “há que reconhecer o apoio das autarquias” e a necessidade de as entidades trabalharem em conjunto.

Relativamente à medida da realização das deslocações de equipas de socorro, até aos locais de combate a grandes incêndios, em veículos coletivos, em vez de veículos corporativos, considera “uma boa medida”. Afirma que a viagem é cansativa, havendo a necessidade de possibilitar aos bombeiros “chegarem ao local e que tenham condições físicas, para iniciar a sua atividade”.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sousel comemorou 37 anos de existência, ao longo dos quais, diz, “tem tido grandes alterações, tem tido grande atividade, é uma corporação de bombeiros dinâmica”.

De ressalvar, aponta a adesão dos jovens, facto que considera bom, na medida em que lhes confere formação, ordem, “disciplina, e altera completamente os comportamentos”.

 

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