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Centro interpretativo dos Almendres “prova que a cultura gera riqueza e cria postos de trabalho”, diz Ana Paula Amendoeira. A RC mostra-lhe as fotos (c/som)

No passado sábado dia 15 de junho, foi oficialmente inaugurado, o Centro Interpretativo dos Almendres, uma estrutura de apoio turístico localizada na aldeia de Guadalupe.

Ainda que resultante de uma iniciativa privada apoiada pelo Instituto Português do Turismo através do programa “Valorizar” (Linha de apoio à valorização turística do interior), o projeto contou com a colaboração da Câmara Municipal de Évora e da União de Freguesias de Nª Sª da Tourega e Nª Sª de Guadalupe, nomeadamente através da cedência de terreno, em direito de superfície, por um período alargado de tempo.

A cerimónia contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Évora, da Diretora Regional de Cultura do Alentejo.

A Rádio Campanário marcou presença na cerimónia e recolheu as declarações de Ana Paula Amendoeira, Diretora Regional de Cultura do Alentejo.

Ana Paula Amendoeira refere aos microfones desta estação emissora que “é um passo que se deve a iniciativa da Ebora Megalithica, que candidataram um projeto de financiamento público, permitindo assim a construção deste centro interpretativo”.

A diretora considera que “é um passo importante uma vez que enquadra os visitantes para uma visita pública com qualidade”.

“Este projeto deve ser saudado a cento e tal por cento, é muito bem vindo”
Ana Paula Amendoeira

A parceria estabelecida entre os privados e as entidades públicas, para Ana Paula Amendoeira “provam que a cultura gera riqueza e cria postos de trabalho”.

Para Carlos Pinto de Sá, autarca eborense “a primeira grande razão deste centro interpretativo é valorizar o cromeleque dos Almendres”, considerando o autarca “um monumento de elevada importância, sendo mais antigo que Stonehenge na Inglaterra”.

“O Cromeleque dos Almendres excede a dimensão de Guadalupe, é algo de dimensão Mundial”
Carlos Pinto de Sá

O edil considera “absolutamente fundamental” que o cromeleque “tenha um centro interpretativo”, de modo a que seja possível estes monumentos “darem um contributo para o desenvolvimento da freguesia e de Évora”.

Este centro interpretativo é um passo muito importante “na preservação e integração do património num projeto de desenvolvimento das freguesias e do concelho de Évora”.

Este Centro, já em funcionamento experimental há algumas semanas, integra duas áreas exteriores de acesso livre e permanente, incluindo um percurso com vários painéis explicativos sobre o património cultural e ambiental da região e um aprazível parque de merendas. A área construída propriamente dita, um edifício original integralmente forrado a cortiça, projetado pelo Arquiteto João Modas, inclui instalações de apoio aos turistas bem como uma loja de “mershandising” adequado às expectativas dos numerosos visitantes dos Almendres, explorada pela empresa promotora (Ebora Megalithica).

Aproveitando a ocasião e considerando que passou no corrente mês de maio um ano sobre o desaparecimento do arqueólogo descobridor do Cromeleque dos Almendres e da Anta Grande do Zambujeiro (Henrique Leonor de Pina, 1930-2018), foi descerrada localmente uma placa evocativa em sua homenagem. Esta iniciativa pretendeu evocar a estreita relação sempre mantida por aquele arqueólogo e professor com a população de Valverde e Guadalupe, apesar de afastado de Évora há várias décadas.

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