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Distrito de Évora terá 50 mesas de voto eletrónico presencial em projeto piloto nas próximas eleições europeias (c/fotos)

A CIMAC (Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central) recebeu esta terça-feira uma sessão de apresentação do Projeto Piloto de Voto Eletrónico no distrito de Évora, que contou com a presença do Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, da Secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, e de representantes das autarquias do distrito.

Os 137 mil eleitores do distrito terão nas próximas eleições europeias, marcadas para o dia 26 de maio, a possibilidade de votar numa das 50 mesas de voto que serão distribuídas pelo território.

Estas serão distribuídas por 23 freguesias dos 14 concelhos do distrito de Évora e vão funcionar independentemente das 186 mesas de voto tradicional.

O Ministro descreveu este projeto piloto como “um significativo passo para modernizar o sistema eleitoral do país”, afirmando que as alterações “visam reforçar a participação e combater a abstenção”.

Futuramente, é desejo do governo que o voto eletrónico presencial seja alargado a todo o território nacional.

Na apresentação do projeto, a secretária de Estado Adjunta Isabel Oneto explicou que o objetivo do projeto é a desmaterialização dos cadernos eleitorais, sendo que a partir das próximas eleições, o número de eleitor deixará de ser necessário, passando a identificação a ser feita através do cartão de cidadão.

“As mesas de voto eletrónico estão preparadas para pessoas com limitações físicas ou portadoras de deficiência. O sistema inclui auscultadores, em que os eleitores com limitações físicas podem ouvir a indicação de como proceder para votar. Além disso, o ecrã é movível e adaptável às necessidades físicas de quem vota”. Os cidadãos residentes no estrangeiro terão acesso ao recenseamento automático, se assim o desejarem, e será possível também escolher a capital de distrito onde votar na semana anterior às eleições.

Ao longo dos próximos meses, decorrerá a formação dos membros das mesas das assembleias de voto/secções de voto, assim como de um técnico informático que estará presente em caso de necessidade de apoio.

A Governante explica que “assim que o eleitor do distrito de Évora vota no boletim de voto tradicional ou no sistema online, o nome é imediatamente descarregado dos cadernos”, evitando a possibilidade de o mesmo eleitor votar duas vezes.

A segurança e a credibilidade de todo o processo estão garantidas, uma vez que “o sistema informático que recebe os votos eletrónicos está offline e os cadernos eletrónicos estão online na rede nacional de segurança interna”. Quando o eleitor vota por qualquer um dos dois métodos, o seu nome é imediatamente descarregado do outro sistema, havendo ainda no voto eletrónico “um boletim de voto impresso, que a pessoa dobra, coloca num envelope e introduz na urna” que funciona como “sistema de redundância” para confirmação.

A plataforma de suporte aos cadernos eleitorais custou 400 mil euros, a aplicação de suporte às mesas de voto ficou em 150 mil euros, tendo o projeto-piloto de voto eletrónico em Évora custado 1,2 milhões de euros.

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