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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Elvas inaugurou Casa da História Judaica. É importante “respeitar a nossa história”. A Campanário deixa-lhe algumas imagens (c/som)

A Casa da História Judaica em Elvas, foi inaugurada este sábado, dia 13 de abril. Depois da inauguração de uma primeira fase de obras em setembro de 2017, o espaço museológico encontra-se agora concluído e aberto ao público.

A RC esteve presente na cerimónia, onde falou com Nuno Mocinha, presidente da Câmara Municipal, que defende a importância de “pôr a disposição de todos” a história de Elvas, nomeadamente da comunidade judaica que passou pela cidade.

 “É um elemento importantíssimo porque conta parte da história que se viveu em Elvas, nomeadamente a história dos judeus”
Nuno Mocinha

O autarca defende que “num mundo que se quer tolerante”, com “valores que possam dignificar o passado e projetar o futuro”, é crucial “respeitar essa parte da nossa história”.

A Casa da História Judaica integra o património considerado na classificação de Elvas como Património Mundial da UNESCO, realça.

A abertura do espaço decorreu “num momento importante para Elvas”, avança o autarca, “em que Elvas dá posse ao seu cronista oficial” Rui Jesuíno.

A reabilitação das instalações do antigo Açougue Municipal e conversão em museu representou, nas duas fases, “um investimento superior a 200 mil euros”. Este foi financiado em cerca de 100 mil euros pelo fundo norueguês EEA Grants.

Depois da fase de obras, foram agora colocados “elementos que possam transmitir aquilo que foi a história dos judeus em Elvas” e alguma “iluminação cénica”, estando agora a Casa da História Judaica concluída e aberta à visitação.

Ana Paula Amendoeira, diretora Regional da Cultura do Alentejo, defende que “é sempre relevante o investimento que se faz na recuperação do património”, mas este ganha importância quando serve “para valorizar aspetos da cultura que em alturas passadas foram muito hostilizados”.

Abertura do espaço é algo “muito positivo e um passo em frente para a educação para a paz”
Ana Paula Amendoeira

A valorização deste tipo de património “contribui para a promoção da cultura de tolerância e de paz”, que concede a todos “o direito de livremente terem a sua visão do mundo, as suas práticas ou crenças”, defende.

A dirigente salienta ainda o esforço contínuo do município para recuperação e manutenção do seu património, afirmando que a classificação como Património da UNESCO não é acompanhada de nenhuma contrapartida financeira, sendo estas intervenções iniciativa e responsabilidade total da autarquia.

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