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Estremoz celebrou um ano de classificação dos Bonecos de Estremoz com Centro Interpretativo quase concluído (c/som e fotos)

Estremoz celebrou, na passada sexta-feira (7 de dezembro), o primeiro aniversário da inserção da Produção do Figurado em Barro de Estremoz na Lista Representativa do Património Cultural e Imaterial da Humanidade da UNESCO.

Nesse sentido, interessa agora ao município de Estremoz cumprir o Plano de Salvaguarda, que segundo o autarca Luís Mourinha “está praticamente todo concluído”, mesmo retanto quatro anos para o término do prazo.

Entre os requisitos consta a interligação das escolas com os Bonecos de Estremoz, algo que “já está a ser feito”, a certificação do figurado, tendo sido atribuída na cerimonia “os primeiros selos de certificação dos bonecos” e resta agora o Centro Interpretativo, que já se encontra em obra e se estima que esteja concluída “no inicio do segundo semestre [de 2019]”, explicou o autarca.

“as pessoas já vêm os Bonecos de uma forma completamente diferente”

Questionado se o caminho da barristica de Estremoz mudou muito desde a sua classificação, o autarca refere que “a importância cresceu”, e hoje em dia “as pessoas já vêm os Bonecos de uma forma completamente diferente”, tendo mudado “ a apreciação da nossa cultura”, bom como “o número de visitantes”, afirmou.

Visivelmente emocionado na cerimónia, o autarca Luís Mourinha reconhece que poderá haver outros aspetos mais importantes para algumas pessoas, mas “em termos mediáticos, mundiais e de futuro a classificação é muito mais importante”, uma vez que ter um produto classificado mundialmente “tem outras vantagens”, como todo um circuito turístico distinto, disse.

Também a esta estação emissora, António Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, destaca o facto da barristica de Estremoz ser “o primeiro Figurado do mundo a ser reconhecido pela UNESCO”.

“um selo da UNESCO continua a ter grande relevância”

Nesse sentido, a classificação desta arte vem no seguimento da linha de aposta desta entidade, considerando que “um selo da UNESCO continua a ter grande relevância”, realçando que é “a primeira pesquisa nos principais coletores de opinião” e “em todas as viagens dos operadores turísticos”.

Para além de trazem mais turistas a Estremoz e de ser “um reconhecimento a estes artesãos”, Ceia da Silva aponta que “há hoje um conjunto de potenciais investimentos que estão aqui a surgir na área do alojamento”, que segundo o mesmo “deve-se muito a esta classificação”.

Já Ana Paula Amendoeira, diretora Regional de Cultura do Alentejo, sublinha que “daquia a quatro anos haverá uma avaliação da UNESCO para ver se tudo o que estava no Plano de Salvaguarda foi de facto implementado”, o que no caso de Estremoz cerca de “80 por cento ou mais já está praticamente implementado”.

“Estremoz está a cumprir até mais do que seria de esperar ao fim de um ano”

Nesse sentido, “estamos muito otimistas e muito descansados” uma vez que “Estremoz está a cumprir até mais do que seria de esperar ao fim de um ano”, disse a responsável.

Também a esta estação emissora, Hugo Guerreiro, responsável técnico da candidatura à UNESCO e diretor do Museu Municipal de Estremoz, sublinha que “a certificação [do Figurado] está terminada”, sendo este um “processo exigente e contínuo” que cabe agora aos artesãos manter a certificação da sua produção.

A certificação do Figurado de Barro é um “processo exigente e contínuo”

Ainda assim, resta a alguns artesãos estremocenses obter essa certificação por motivos variados, que segundo o responsável, se tudo decorrer dentro da normalidade, “para o ano já estarão todos certificados”.

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