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Estremoz: Guerra Civil Espanhola teve “impactos fortíssimos” de ambos os lados da fronteira, diz Carlos Pessoa (c/som e fotos)

Estremoz recebeu no passado sábado (23 de março) a conferência “Histórias de Fronteira Resgatadas ao Esquecimento”, promovida pela CIDADE (Cidadãos pela Defesa do Património de Estremoz).

O conferencista e jornalista Carlos Pessoa, diz à RC que a sua investigação se debruça sobre os impactos da Guerra Civil Espanhola na sociedade, em particular nos terrenos fronteiriços.

Sendo leitor assíduo de publicações espanholas, percebeu que a cada aniversário da Guerra Civil surgiam novas investigações e abordagens, despertando o seu interesse para o facto de ser ainda um acontecimento muito presente na sociedade espanhola da atualidade. Este interesse foi ainda impulsionado pela publicação de um livro que compila “retratos de antigos combatentes, homens e mulheres, dos dois lados do conflito”.

“A realidade da Guerra Civil de Espanha é uma ferida que está mal curada na sociedade espanhola”
Carlos Pessoa

O jornalista tentou, desta forma, “perceber como a guerra civil teve impactos, sobretudo nas zonas de fronteira, de norte a sul da fronteira”, concluindo que este foi “de facto fortíssimo”. Entre os combatentes de ambos os lados do conflito havia portugueses, e “tudo isso se calhar não está suficientemente abordado nem contado”, aponta. A sua investigação apresentada na conferência traz novos dados a temas anteriormente abordados, e ainda “outras histórias inéditas”.

A guerra civil de Espanha (1936-1939) e a guerrilha antifranquista que se lhe seguiu tiveram um enorme impacto em Portugal, e em particular nas regiões de fronteira entre os dois países ibéricos. Nesse sentido, o jornalista Carlos Pessoa abordou temas como a operação luso-espanhola desenvolvida em novembro de 1944 na zona de Ouguela- Degolados (Campo Maior). 

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