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“Évora acolhe a bienal de marionetas, e a bienal vive bem nesta cidade”, diz diretor do Cendrev. Fique com as fotos (c/som)

Até ao próximo dia 9 de junho, as marionetas estão de volta à cidade de Évora, na 14ª edição da BIME – Bienal Internacional de Marionetas de Évora, evento organizado pelo CENDREV (Centro Dramático de Évora).

José Russo, diretor do CENDREV afirma que desde que o evento começou a ser realizado, em 1987, que “houve esta empatia da cidade com a bienal, e da bienal com a cidade”.

Não se realizando desde 2013, no início da presente edição “sentia-se a vontade (do público) de voltar a ter” o evento, havendo uma grande adesão, como nas edições anteriores.

Ao longo de 6 dias, realizam-se 73 espetáculos com “11 países, representados por marionetistas” de 28 companhias, desde portuguesas, a chineses, peruano, moçambicanas, espanholas, dinamarquesas, italianas, entre outros.

“A cidade acolhe a bienal, e a bienal vive bem nesta cidade”
José Russo

As sessões decorreram em 13 pontos da cidade, com “muitos espetáculos feitos no teatro e na rua”, em locais desde o “mercado, jardim, praças, as ruas a cidade que se enchem de marionetas por todo o lado”.

Sendo visitados por pessoas de todas as idades, “os artistas falam muito que quando vêm a Évora fazem espetáculos, mas também se relacionam com as pessoas”.

Questionado sobre a importância dos Bonecos de Santo Aleixo na criação da bienal, o dirigente afirma que “são a razão de acontecerem todas estas coisas”, e um “elemento muito importante para definir os contornos e o perfil” do evento.

“Não haveria bienal de Marionetas se não houvesse Bonecos de Santo Aleixo”
Jorge Russo

Os bonecos “são muito da nossa gente, da nossa cultura, da nossa música, das nossas cores”, aspetos que “carregam para a bienal”, aponta, destacando que os “Bonecos de Santo Aleixo são importantes em Évora, mas também em qualquer parte do mundo onde vão”.

Estando a decorrer a preparação da candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura 2027, e questionado sobre a importância da BIME no processo, afirma que “temos que valorizar as nossas diferenças”.

Para sermos capital “temos que valorizar e promover aquilo que temos de singular”
José Russo

“Esperamos que esse contexto da Capital Europeia da Cultura possa perspetivar uma solução para a questão do futuro dos Bonecos de Santo Aleixo”, declara o dirigente, defendendo a criação em Évora de um Centro Europeu da Marioneta. A criação do espaço é importante para que os bonecos e “todo um conjunto vastíssimo de material recolhidos ao longo dos anos” no âmbito destes, possam ser guardados de forma condigna, e colocados à disposição de qualquer pessoa.

José Cendrev afirma que “há 6 anos que não acontecia, e a partir do momento que contou publicamente que ia acontecer, instalou-se aquele frenesim na cidade”.

 “Acho que basta dizer que há bienal e as pessoas vêm”
José Russo

A BIME surge como “um evento que já tem público, assim que o passamos anunciar”, afirma, apontando ser “terrível” não ter “nada certo nem seguro que vamos conseguir as condições para fazer a bienal em 2021”.

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