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Évora: Centro de Inovação Social permite a uma “boa ideia caminhar por si”, diz Ministra da Modernização Administrativa (c/som e fotos)

Na passada sexta-feira (16 de novembro) foi inaugurado em Évora, o primeiro Centro de Inovação Social da região, um espaço da Fundação Eugénio de Almeida.

A cerimónia contou com a presença de Maria Leitão Marques, ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, que em declarações a esta estação emissora destacou que o projeto Portugal Inovação Social surge como o “primeiro projeto do Fundo Social Europeu para a Inovação Social num Estado Membro”, avançando que no Alentejo, serão apoiadas “cinco incubadoras”.

Questionada se as respostas socias que o centro se propõe a facultar sobrepõem o papel do Estado, a governante considera que não, e afirma que “algumas das ideias que aqui vão ser aceleradas, podem até ser inspiradoras”.

“Quando essa ideia nasce pequenina, mas que parece que tem pés para andar, está aqui no conforto da aceleradora […] depois pode caminhar por si numa fase seguinte”

 

Maria Leitão Marques explica que “o acelerador é a primeira fase quando há uma boa ideia […] que pode ter impacto social, e que pode resolver um problema social”. O centro verifica “se têm impactos positivos”, permitindo que uma ideia pequena, mas com potencial, possa “caminhar por si numa fase seguinte”.

O objetivo do Centro de Inovação Social, explica, é “contruir um ecossistema” que engloba desde o financiamento aos parceiros, e “deve servir para as alentejanas e alentejanos. Se não servir, temos que começar de novo”.

Maria do Céu Ramos, secretária-geral da Fundação Eugénio de Almeida, afirma à RC que na região Alentejo “existe potencial”, mas também “muitos constrangimentos”.

Destes, destaca “o despovoamento e o isolamento das comunidades”, que “assombra o potencial que aqui existe”.

“O despovoamento e isolamento das comunidades […] assombra o potencial que aqui existe”

 

Desta forma, “é importante” que projetos como o centro “se constituam como ponte entre pessoas e instituições”, fortalecendo esse potencial. A Fundação Eugénio de Almeida pretende surgir assim como “um esteio da confiança e […] articulador de vontades”.

Questionada sobre os utilizadores a que se destina, afirma que o centro apresenta uma “abordagem intergeracional”, sendo direcionado para “todos aqueles que tenham boas ideias para ajudar a resolver os velhos e os novos problemas da sociedade”.

O Centro de Inovação Social pretende ajudar os inovadores a “testar uma ideia para ver se ela tem viabilidade e força para se tornar num negócio”, explica, ajudando “a definir um modelo de negócio” e proporcionando “mentorias” para garantir solidez do projeto e “ajudar a dar escala no território”.

Também o papel dos autarcas é fundamental devido à importância do fator “proximidade com as pessoas e o território”.

Em declarações a esta estação emissora, José Calixto, presidente CIMAC (Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central) que surge como parceiro-investidor do projeto afirma que “foi uma aceitação imediata após a primeira conversa com a Fundação Eugénio de Almeida”, tendo tido o apoio de todos os autarcas que englobam a comunidade intermunicipal.

“Investidor social é um papel em que os autarcas se revêm”

 

O dirigente afirma que “os autarcas se revêm” neste papel de investidor social, uma vez que as autarquias são uma entidade que cada vez “cuida muito mais do social, do património imaterial, da memória de um território”.

Enquanto presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, avança que no seu território existem projetos que poderão beneficiar da instalação deste Centro de Inovação Social, como a “comissão de proteção de idosos” que está a ser desenvolvida, assim como no projeto do Cartão Social do Município que pretende “intervir nesses casos de carência social, económica e financeira”.

José Calixto destaca assim a importância da existência de “um polo que centralize todos estes projetos e que os possa acelerar […] e levar aos canais certos para financiamento, são de facto muito importantes”.

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