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Ferrovia e rodovia no Alentejo são linhas prioritárias do PNI 2030, diz secretário de Estado das Infraestruturas (c/som e fotos)

A CCDR Alentejo, em Évora, acolheu esta segunda-feira (17 de setembro), a Sessão Regional do Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, com a participação de consultores e representantes de várias entidades regionais, para reflexão sobre os investimentos infraestruturais a lançar na próxima década.

A sessão contou com a presença do Secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d’Oliveira Martins, que em declarações apontou que, com o período de consulta pública a decorrer até ao final de setembro, se pretende recolher “o maior número de contributos” de interesses para a região. São assim apresentados e discutidos projetos relevantes para corporizar o documento a apresentar ao Parlamento, neste PNI.

  Reuniões visam “discutir interesses relevantes junto dos stakeholders da região”

 

 

 

Quanto às linhas estratégicas, na sua área de intervenção, destaca a vertente da mobilidade.

No âmbito das infraestruturas, o secretário de Estado aponta como linhas estratégicas a rodovia e ferrovia “do ponto de vista de criação de condições para circulação de veículos autónomos e partilhados”.

Para a região do Alentejo, surge como prioridade “a componente ferroviária e tudo o que se segue a completarmos o corredor internacional Sul entre Sines e Caia”.

Troço “entre Évora e Elvas é a maior obra ferroviária dos últimos 100 anos”

Com a obra do troço Évora- Elvas em curso nos próximos meses, “contamos no âmbito da Ferrovia 2020 completar esse corredor ainda neste quadro”. Para o quadro 2030 ficarão “os projetos que resultarem deste corredor ferroviário” que com certeza terão 2esta componente estratégica importante”.

Roberto Grilo, presidente da CCDR (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional) do Alentejo, destacou que os investimentos abrangidos no PNI 203 devem ser direcionados para o desenvolvimento da “conetividade nacional e regional” através da rodovia e ferrovia; para a estratégias de gestão de água; e aumento da competitividade através de uma maior qualificação das áreas de Acolhimento Empresarial e de Logística.

 PNI “é uma ferramenta relevante para robustecer a competitividade” do Alentejo

 

 

No «Contributo Regional para a Estratégia Nacional Portugal 2030», documento elaborado pela CCDR e pelo Conselho Regional a pedido do Primeiro Ministro, o PNI surge como “uma ferramenta relevante para robustecer argumentos regionais para a competitividade e coesão territorial”, aliado à Estratégia PORTUGAL 2030 e ao PNPOT (Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território)

O presidente da CCDR Alentejo destaca “como um motor decisivo de crescimento económico e desenvolvimento regional”, a “afirmação das grandes infraestruturas”, aliadas a um “posicionamento geoestratégico”. Estas infraestruturas vão desde barragens, à ferrovia e às plataformas logísticas.

Neste âmbito, destaca a importância estratégica da ligação ferroviária a Espanha para “a estruturação do mercado interno” do Alentejo, nomeadamente na potenciação de ligação a clusters da região e no assegurar de acessibilidades no território.

José Calixto, presidente da CIMAC (Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central) destaca a importância de uma “integração” do PNI “com outros planos que a região está a desenvolver”, nomeadamente clusters, regadio e ferrovia. 

 “A grande preocupação é que este processo de discussão tenha integração com outros planos que a região está a desenvolver”

 

 

O dirigente aponta a necessidade de que outras áreas não prioritárias no PNI sejam consideradas aquando da elaboração dos projetos, para que possam beneficiar destes 75 milhões de investimento, contribuindo para uma coesão e desenvolvimento regional integrado.

Como presidente da ADRAL (Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo), considera que o “tom” de discussão em que estes assuntos estão a ser discutidos, devia ser utilizado no que concerne à dessalinização, ao invés de “declarações bombásticas”. “Estarmos a pensar isso num tom alarmista não faz sentido”, defende, considerando que deve existir uma “análise económico-financeira da região” pensada a uma década, consoante das alterações climatéricas assim o justifiquem.

“Pareceu-nos ao nível da ADRAL que este é o tom adequado para discutir a dessalinização”

Ricardo Pinheiro, presidente da CIMAA (Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo), aponta que “os autarcas do Alto Alentejo se focam fundamentalmente no investimento prioritário que é a construção da Barragem do Pisão”

 “Barragem do Pisão é absolutamente estruturante”

O dirigente considera que o ensino, embora não seja uma das prioridades deste plano, deveria ser acompanhado pelas instituições de ensino da região, de forma a existir um ensino com transferência de conhecimento entre ciclos de ensino.

“É necessário adaptarmos os percursos formativos de ensino no Alentejo, à criação de riqueza na região”

“Assumo isso como uma falha nossa daquilo que tem sido o poder político na região”, conclui.

O presidente da CIMAA aponta o Hospital Central de Évora como um investimento que poderá contribuir para reverter o processo de desertificação.

Surgindo o Alentejo como “um dos maiores contribuidores líquidos para a descarbonização”, o dirigente defende que a região deve “ter a inteligência de ligar a Era da Descarbonização à criação de riqueza, de produtos amigos do ambiente e que se valorizem do ponto de vista da transformação económica.

 

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