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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Intervenções na Igreja da Misericórdia de Évora “na ordem dos 500 mil euros” deram “uma volta total à igreja”, diz Provedor da Misericórdia de Évora (c/som e fotos)

A Igreja da Misericórdia de Évora reabriu ao culto, no passado sábado, dia 16 de fevereiro, após intensas obras de requalificação e revitalização, e assinalou a data com um conjunto de iniciativas.

A RC esteve presente na eucaristia presidida pelo Arcebispo de Évora, que contou com uma atuação do Coral Évora.

Francisco Lopes Figueira, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Évora, afirma à RC que foi “um dia grande, um dia importante diria até, na história da própria igreja”, devido à grande dimensão da intervenção.

O investimento “na ordem dos 500 mil euros” contou com 70% de financiamento europeu, sem o qual “não seria com certeza possível”, uma vez que a prioridade da S.C.M. se direciona para a ação social.

As intervenções realizadas deram “uma volta total à igreja”, tendo passado pela substituição total da cobertura, drenagens e correção de infiltrações. No interior, foi desenvolvido trabalho de restauro da talha dourada, dos azulejos, das pinturas e dos frescos, e no exterior foi desenvolvido trabalho “nos elementos pétreos exteriores”, com a remodelação de todas as fachadas.

“A Misericórdia de Évora considera que a sua própria história lhe traz responsabilidades e é um património que tem que preservar”
Francisco Lopes Figueira

Estas intervenções requereram um “trabalho de investigação e de participação de muitas entidades”, nomeadamente a Universidade de Évora, a Direção Regional de Cultura do Alentejo, Câmara Municipal de Évora e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo.

Por concluir encontra-se a intervenção no núcleo museológico envolvente à nave central da igreja.

Em declarações a esta estação emissora, Francisco Senra Coelho, Arcebispo de Évora, afirma que a Santa Casa da Misericórdia de Évora “teve iniciativa e capacidade empreendedora”.

Na construção deste projeto, a instituição congregou “à sua volta aliados” desde organismos oficiais e de cultura, contando ainda com “propostas da comunidade europeia”.

O Arcebispo de Évora aponta que não existe muita “disponibilidade financeira para fazer a recuperação do património”, a par de uma “dificuldade em recorrer à generosidade dos fiéis”.

“O problema e que quando se vê o desafio e o número que envolve a nível económico, fica-se esmagado, e desiste-se”
D. Francisco Senra Coelho

Questionado sobre a requalificação de património da Igreja, D. Francisco Senra Coelho aponta a necessidade de estabelecer parcerias com “todos aqueles que têm a peito a causa da cultura e do património”, para ultrapassar a falta de disponibilidade económica, assim como proceder de forma faseada nas intervenções.

“A igreja tem na sua responsabilidade quando assume um património, cuidar dele”, afirma o Arcebispo de Évora, para ser passado às novas gerações e para “que não morra em nós este património”.

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