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Jovens agricultores têm uma “agricultura mais profissional, inovadora e orientada para o mercado”, diz secretário de Estado no Lançamento do Concurso Nacional (c/som e fotos)

Portel acolheu na manhã desta sexta-feira (22 de fevereiro), a Conferência “Oportunidades para os Jovens Agricultores em Portugal”, numa iniciativa da CAP – Confederação Portuguesa de Agricultores, onde decorreu o Lançamento do 7º Concurso Nacional de Jovens Agricultores 2019, cujo prazo de candidaturas decorre até 29 de maio.

Em declarações à RC, o Secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação, Luís Medeiros Vieira que presidiu à cerimónia de encerramento, afirma que “os jovens agricultores são portadores do futuro da agricultura portuguesa”.

“Os jovens agricultores têm dado um contributo extremamente importante para o desenvolvimento da agricultura portuguesa”

Luís Medeiros Vieira

Os jovens agricultores, aponta, possuem uma escolaridade progressivamente mais elevada (40% têm licenciatura, mestrado ou doutoramento), assim como um conhecimento que permite uma “agricultura mais profissional, mais inovadora, mais orientada para o mercado”.

A par desta profissionalização do setor, surge o trabalho do Governo na abertura de mercados, no desenvolvimento e trabalho que permite o aumento das exportações e permite melhores preços para os produtores, aponta. “É em função desta dinâmica que a agricultura portuguesa está a dar provas”, havendo uma contínua aposta em estímulos a projetos dos jovens agricultores, sendo que em março será aberto um concurso no valor de 10 milhões de euros, e de 45 milhões de euros em junho.

A esta estação emissora, Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP, explica que os projetos considerados no concurso têm “maior inovação, maior modernidade” e fazem “face a este problema que a sociedade enfrenta de alterações climáticas, problemas demográficos”.

“Hoje em dia, os jovens agricultores têm já um alto nível de conhecimento”

Eduardo Oliveira e Sousa

Estes projetos que são geralmente o projeto de arranque de atividade destes jovens agricultores, consideram uma mudança no paradigma, incluem evoluções tecnológicas e pensam nas relações internacionais e em medidas ambientais, por exemplo.

Ana Costa Freitas, Reitora da Universidade de Évora, aponta em declarações à Campanário, a necessidade de envolver a academia e as agentes do território.

“Acho que temos que fazer uma política integrada de desenvolvimento em ciência também”

Ana Costa Freitas

No âmbito da agricultura, a Universidade de Évora pode prestar apoio através do seu Centro de Investigação do Instituto de Ciências Agrárias Ambientais Mediterrânicas”, que tem desenvolvimentos no âmbito da “vinha, enologia, ordenamento do território, montado, agricultura, sequeiro, uso eficiente de recursos naturais”, por exemplo.

José Grilo, Presidente da Câmara Municipal de Portel, destaca à RC a importância destas conferências para reunirem “o poder político, os agentes económicos e os empresários agrícolas”.

“Esta nova geração com uma formação muito diferente tem uma palavra a dizer no país”

José Grilo

O autarca aponta as vantagens de uma participação mais ativa da academia nestes temas, garantindo um apoio científico aos agricultores.

O Concurso Nacional de Jovens Agricultores promove a visibilidade e reconhecimento dos projetos destes empresários, promover a partilha de boas práticas e promover o envolvimento de entidades públicas e privadas. O melhor projeto nacional será divulgado num evento em Bruxelas onde são distinguidos os melhores projetos a nível europeu.

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