O Museu Militar de Elvas comemorou esta segunda-feira, dia 31 de outubro, o seu 7º aniversário.
As celebrações foram presididas pelo vice-chefe do Estado-Maior do Exército, tenente-general José António Carneiro Rodrigues da Costa e ficaram marcadas pela atribuição de condecorações e louvores a militares e civis do quadro do museu, seguindo-se uma palestra subordinada ao tema “O Exército do Século XX através das suas viaturas”.
Neste ato, foi inaugurada a requalificação da Coleção das Viaturas Militares, a que se seguiu um Alentejo de Honra.
À reportagem da Rádio Campanário, o vice-chefe do Estado-Maior do Exército, tenente-general José António Carneiro Rodrigues da Costa referiu que esteve presente na cidade de Elvas, “no embrião do nascimento deste Museu, na altura tinha as funções de diretor de Infraestruturas do Exército, que por coincidência, era o mesmo edifício onde estava a Direção da História e Cultura Militar, de maneira que houve sinergias conjuntas que levaram a dar os primeiros passos neste Museu, e agora, com muito gosto, regresso” depois de ter estado no momento inaugural.
Questionado sobre as diferenças que encontra desde então, diz que são muitas, resultado de “muito trabalho que já foi feito, mas em centenas de hectares, vejo o muito que ainda há a desenvolver, mas o caminho está traçado”.
Salienta que “por vezes há a ideia de que o exército está fechado em muros, isso foi no passado, o exército cada vez mais abre as suas portas aos cidadãos (…) cada vez mais o exército é uma casa aberta”.
O diretor do Museu Militar de Elvas, tenente-coronel Joaquim Bucho, referiu que estes sete anos, “são o culminar de um trabalho inicial em que o Museu Militar de Elvas é criado, embora já tenha sido criado muito antes deste 7º aniversário”. Sublinha que “é um jovem Museu, que traz toda uma carga histórica e cultural da presença do exército em oito séculos de história desta cidade Património Mundial. Nós temos uma cidade que é um quartel, e este quartel tem uma cidade dentro, de forma que os militares são indissociáveis desta cidade e deste quartel. Por outro lado, a classificação de Elvas, de Património Mundial, ainda mais como cidade quartel fronteiriço, mais significa que a nossa presença nunca poderá deixar de estar nesta urbe fantástica carregada de história”.
Acrescenta que olhando para esta história, “o exército não quis, após a extinção do Regimento de Infantaria nº 8 em Elvas, em 2006, deixar de estar presente, e cria este equipamento que hoje comemora o seu 7º aniversário de um Museu que tenta ser história, ou através das suas coleções trazer a história e cultura do exército aqui”.
O tenente-coronel Joaquim Bucho expressa que este Museu, “significa que os militares não saíram de cá”, existindo uma simbiose com a população e com Elvas como cidade, pelo que “nunca deixaremos de aqui estar e queremos sempre dizer que este Museu é de Elvas, é do exército e é de todos nós porque as coleções que nós temos neste Museu, são transversais a toda a população”.
O diretor do Museu Militar de Elvas assegura que o espaço possui um conjunto de coleções alargado, “um acervo que para nós significa que quando alguém nos visita, se identifique com aquilo que que vai encontrar aqui. Temos um Museu que são 15 hectares, somos o maior Museu de implantação a nível nacional, pertencemos à Rede Portuguesa de Museus, o nosso visitante, o nosso utente como gosto de dizer, revê-se num Museu fantástico que tem três monumentos nacionais”, enumerando, “um claustro do Convento de S. Domingos, uma Muralha seiscentista , uma Muralha do século XIII, XIV Fernandina”, referindo que para se visitar todo o espaço são necessárias cerca de duas horas no mínimo, embebidas “em cultura e história”.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Elvas, Manuel Valério referiu a esta Estação Emissora que o Museu Militar, “após a sua abertura, tem dado uma grande dinâmica à cidade de Elvas e é com muito gosto que aqui estou neste aniversário e espero que tenham muitos anos de vida pela frente porque tem feito ao longo do tempo, uma grande dedicação à causa pública e neste caso, os sete anos de vida mostram bem aquilo que foi a vida militar na nossa cidade durante vários anos da nossa vida”.
