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Terça-feira, Abril 16, 2024

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Reportagem RC: O Alentejo é o cantinho especial dos Virgem Suta (c/ som)

Foto: Contos da Praça

Os Virgem Suta são um grupo de pop/rock português que une os músicos Nuno Figueiredo e Jorge Benvida. A amizade sólida e de longa data dos dois músicos, naturais de Beja, é um dos fatores de sucesso para a Banda que não troca o Alentejo por nada.

A Rádio Campanário falou com Nuno Figueiredo sobre o périplo que os Virgem Suta iniciaram, de forma digital, por 14 concelhos do Baixo Alentejo, uma iniciativa que é agora difundida no canal de Youtube e nas redes sociais da Banda, mas com um trabalho que começou muito antes e que contou com o apoio do Fundo Garantir Cultura. O músico começou por explicar que esta ideia surgiu durante a Pandemia e foi concretizada quando as medidas restritivas de combate à Covid-19 foram sendo levantadas. Assim que foi possível, Nuno e Jorge, agarraram nas malas e bagagens e percorreram 14 concelhos do Baixo Alentejo, onde atuaram.

“Nessas viagens [pelo Alentejo] pusemos a possibilidade de inventar um roteiro que nos voltasse a levar a estes locais, alguns são sítios onde nós já tínhamos ido pontualmente, mas não conhecíamos os pormenores.”

São, justamente, esses pormenores que tornam o Alentejo numa região única que os Virgem Suta pretendem mostrar aos internautas, conciliando-os claro está com a sua música. Esta iniciativa inédita da dupla, que teve início no dia 1 de agosto e que se estende dia 14, mostra a beleza de Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura, Ourique, Serpa, Vidigueira e Odemira.

Um dos principais factos que Nuno Figueiredo regista no decorrer da elaboração deste projeto são as alterações “da paisagem ao longo dos últimos anos“, com as consequências positivas e negativas que estas carregam. Este trabalho serviu também, justamente, para alertar para “coisas menos bonitas” como a “agricultura intensiva” e tudo o que dela advém, adiantou o compositor bejense.

Mas é no Alentejo, de onde a dupla é natural, que os Virgem Suta se sentem verdadeiramente em casa. Nuno Figueiredo não tem dúvida nenhuma de que, na capital, as carreiras artísticas são alavancadas de uma outra forma e no caso dos Virgem Suta não seria diferente, no entanto, não é isso que os faz trocar as raízes. “Pode-se, de alguma forma, perder algumas oportunidades, mas acho que ganhamos tudo o resto que é muito mais vantajoso e o Alentejo é um sítio maravilhoso para morar“, acrescenta o músico.

“O Alentejo é uma constante surpresa. É o sítio onde nós moramos e onde queremos estar.”

Os Virgem Suta encontram-se, neste momento, em processo criativo para a edição de um novo disco, algo que sucede a uma série de concertos que a Banda deu por Portugal e no Chile.

À margem desta entrevista e questionado sobre a intimidação da Embaixada Russa ao músico Pedro Abrunhosa, Nuno Figueiredo responde que “quando se baliza aquilo que é a arte ou criação artística deixa de fazer sentido criar e já se está a seguir um roteiro planeado e deixa, assim, de ser criação artística.

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