O Município de Vila Viçosa é um dos cinco municípios que integra a Cidade do Vinho 2025. Em conjunto com Borba, Estremoz, Alandroal e Redondo, as cinco Autarquias são Cidade do vinho 2025, um título conquistado em 2024, com o propósito de valorizarem a riqueza, a diversidade e as características comuns da cultura da vinha e do vinho, prporcionando um melhor conhecimento do território, da história de todos,e dos vinhos do Alentejo, em especial da “Serra d’Ossa”.
A Autarquia Calipolense, no âmbito da realização da II Feira de Doçaria Conventual que decorre este fim de semana no Convento dos Agostinhos, aproveitou para dar destaque a este projeto e ao mesmo tempo promover e divulgar o que de melhor se faz no setor vitivinícola no concelho de Vila Viçosa.
No dia de abertura, no expositor próprio de vinhos existente no certame, o foco principal voltou-se para os vinhos produzidos no concelho de Vila Viçosa com a presença de três grandes produtores- João Galhardas, produtor do vinho Galhardini, José Caldes ´, produtor do vinho Aldeias de Juromenha e Alison Luiz Gomes, produtora do vinho Azamor .
Junto dos três produtores de vinho, a Rádio Campanário foi saber que importância tem a Cidade do Vinho 2025 para o setor da região.
João Galhardas, produtor do vinho Galhardini, começa por referir “a cidade do vinho 2025 é uma forma do Alentejo retribuir a todos os produtores a produção e divulgação da região” destacando ainda que “Vila Viçosa tem apenas três produtores“.Sublinha que Vila Viçosa se destaca “pela produção de uva em qualidade e não em quantidade” evidenciando a prática da agricultura sustentável.
João Galhardas salienta que estas iniciativas são bem vindas, sobretudo numa altura em que o setor dos vinhos apresenta muitas dificuldades o que será seguramente um contributo decisivo para alavancar o negócio. Enaltece ainda o facto de, como são apenas três produtores, “em Vila Viçosa o consumidor tem a oportunidade de consumir um vinho feito com produtos da terra beneficiando das excelentes condições que a Serra d’Ossa proporciona “.
Questionado se juntar o vinho aos doces pode ser um “casamento perfeito”, o produtor responde que pode ser , nomeadamente os vinhos licorosos. Sem espaço para dúvidas, João Galhardas afirma “Vila Viçosa é o último grande terroir do Alentejo onde muito há ainda por descobrir.”
Alison Luiz Gomes, produtora do Azamor , realça a possibilidade que a Cidade do Vinho 2025 traz para os Produtores , sobretudo em termos de “notoriedade” porque nos dias de hoje são cada vez mais os que procuram produtos locais.
A Produtora de vinhos que já ultrapassou fronteiras há 20 anos, é para o mercado internacional que vende cerca de 95% da sua produção . Suíça, Alemanha e Inglaterra são os Países para onde mais exporta.
Projetos como este que o Município de Vila Viçosa abraçou permitem “consolidar a posição em mercados internacionais e reforçar a presença no mercado nacional” destacou ainda Alison Gomes.
Por último, José Caldes, produtor das Aldeias de Juromenha enfatiza que este projeto “é benéfico” para toda a gente, para o setor do vinho e para a região em particular, prestigiando-a.”
Realça a qualidade do vinho que é produzido no setor. Contrariamente à produtora do Azamor, João Caldes vende essencialmente para o mercado nacional-cerca de 70%- e o restante para a Ásia, Europa, entre outros, tocando já quase todos os continentes. Especifica que o objetivo passa mesmo por equilibrar as presenças em ambos os mercados.
Três realidades distintas mas com objetivos comuns: a promoção e divulgação da qualidade e excelência dos vinhos produzidos no concelho, a dinamização do setor e levar o nome de Vila Viçosa cada vez mais longe.