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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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2023 um Ano sem Vítimas Mortais em Incêndios Florestais: Um marco histórico alcançado em Portugal!

Em 2023, um marco histórico foi alcançado em Portugal, com a ausência de vítimas mortais devido a incêndios florestais e queimadas. Disse a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) durante uma conferência de imprensa onde foram apresentados os principais resultados do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais 2023.

Tiago Oliveira, presidente da AGIF, destacou este feito e declarou aos jornalistas: “Acho que devemos celebrar 2023 porque é o primeiro ano em que temos zero vítimas fatais, quer civis, quer operacionais, quer mesmo pessoas que eram apanhadas a fazer queimas e queimadas.”

Dados divulgados pela AGIF revelaram a evolução deste marco ao longo dos anos. Em 2018, 13 pessoas perderam a vida, 12 das quais civis devido a queimadas. Em 2019, foram registadas 10 vítimas mortais devido a queimadas, e em 2020, ocorreram nove fatalidades, das quais seis eram operacionais de combate. Nos anos seguintes, houve uma redução gradual, com seis vítimas em 2021 e quatro em 2022.

Além da ausência de vítimas mortais, a AGIF também realçou a diminuição de incêndios durante os meses de verão e a redução da área ardida, que atingiu 34.419 hectares até 15 de outubro, o quarto valor mais baixo desde 2000. Esta melhoria foi atribuída a condições meteorológicas menos severas em comparação com anos anteriores, bem como a uma melhor capacidade de gestão do dispositivo de combate a incêndios.

Tiago Oliveira sublinhou que esta tendência positiva reflete um esforço contínuo na prevenção de incêndios em Portugal. Nos últimos seis anos, a área ardida foi reduzida para um terço e o número de incêndios diminuiu pela metade. Este sucesso é resultado de uma estratégia abrangente que envolveu planeamento, programação, monitorização trimestral e a colaboração de várias entidades, incluindo municípios, freguesias e operacionais.

O presidente da AGIF também destacou a mudança de comportamento por parte dos cidadãos, que agora estão mais conscientes dos riscos associados ao uso do fogo em condições adversas.

 Duarte Costa, presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), acrescentou que o aumento de meios de combate, a capacitação e profissionalização dos bombeiros voluntários, bem como a criação de equipas multidisciplinares, também contribuíram para o sucesso na prevenção de incêndios.

A AGIF delineou os objetivos para 2024, que incluem o reforço de estímulos para proprietários e associações, garantia da qualidade das decisões e da gestão eficiente dos recursos, revisão de processos para melhorar o desempenho do sistema e a recuperação de áreas ardidas, além do aumento de áreas dedicadas à silvicultura, pastorícia extensiva e fogo controlado. Estas medidas visam manter e fortalecer os progressos alcançados na prevenção de incêndios em Portugal.

Foto:JN

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