Assinala-se esta terça-feira, 17 de Outubro, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, e como tal, a Unitate – Associação de Desenvolvimento da Economia Social promoveu no Auditório da DGEstE, em Évora, o Seminário: “A Concertação Estratégica no Combate à Pobreza”.
Tiago Abalroado, presidente da Unitate, declarou à Rádio Campanário que a iniciativa se trata de uma “reflexão sobre os mecanismos de concertação, em torno das diferentes que se podem levar a cabo no combate à pobreza”.
A celebrar o seu quarto aniversário, a Unitate tem desenvolvido “um trabalho muito próximo da economia social e das instituições”, referiu o presidente, que prestativa para o futuro “reforçar o posicionamento e dar continuidade à estratégia desenhada”.
Pretende-se com esta iniciativa “gerar algum impacto prático para os territórios”, indicou Tiago Abalroado, referindo a possibilidade de “nascer alguma estratégia concertada entre os agentes”, para que os apoios sejam bem “distribuídos e aproveitados”, evitando a “multiassistência”.
De acordo com Sónia Ramos, diretora do Centro Distrital de Segurança Social de Évora, sublinha que a pobreza “tem muito a ver com a ausência de acesso à cultura, educação, saúde e, muitas vezes, ausência de princípios base no sentido das escolhas da vida”.
Sónia Ramos considera a pobreza no Alentejo “muito camuflada”, acrescentando que “acaba por ser aligeirada pelas relações de vizinhança”.
No que diz respeito ao número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) “não é muito elevado”, sustentando que “pode ser um indicador” de que a pobreza não é tão flagrante no Alentejo como outros pontos do país.
A diretora considera que o distrito de Évora “está de facto munido de equipamentos e instituições” de apoio a estas situações, onde a resposta social “em boa parte é superior a outros distritos do país”, facto que relaciona com a “generosidade e hospitalidade” do alentejano”.
Em conversa com a RC esteve também António Costa da Silva, deputado da bancada social-democrata na Assembleia da República, declara que o Alentejo tem “instituições muito fortes” a trabalhar no combate às dificuldades dos mais desfavorecidos.
O deputado sublinha ainda que “o Estado tem um papel decisivo no financiamento”, destacando a posição dos sociais-democratas, em que os privados “podem e devem ter um papel determinante”, delegando a estas instituições “a capacidade para fazer e também o envelope financeiro” pela razão de estarem “muito próximas do terreno”.
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