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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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“A alínea que fala sobre o perímetro da pedreira, serve para diferenciar a construção civil do setor dos mármores”, diz João Oliveira (c/som e fotos)

Após a aprovação por parte do Governo, da portaria que regula as reformas dos trabalhadores das pedreiras, o PCP realizou esta sexta feira (29 de março) uma sessão de esclarecimento aberta a todos os interessados.

A sessão contou com a presença do deputado João Oliveira (PCP) um dos principais impulsionadores da iniciativa e de vários trabalhadores da região. A Rádio Campanário Marcou presença e recolheu as declarações de alguns dos intervenientes.

Para o deputado João Oliveira a aprovação desta portaria “é uma pequena vitória nesta longa luta, mas temos de continuar a batalhar pelos interesses dos trabalhadores até ao processo final”. A Campanário questionou o deputado sobre a alínea nº1 da portaria que refere os trabalhos no limite da pedreira, ao que João Oliveira explicou “o perímetro da pedreira serve apenas para diferenciar os trabalhadores da construção civil dos do setor dos mármores”.

Joaquim Borrego de 54 anos de idade, trabalha no setor dos mármores há 24 anos e conta a RC que “vim para tirar algumas dúvidas”, principalmente sobre “quais os descontos que me vão fazer”.

 “já sofri muito com a dureza deste trabalho e agora com esta oportunidade vou tentar os meus direitos”
Joaquim Borrego

Joaquim Borrego diz-nos que “eu gasto 100 euros todos os meses em deslocações (a entidade patronal não comparticipa qualquer ajuda) ganho 780 €, se os descontos que me fizerem não forem muitos reformo-me”. O trabalhador lamenta ainda o facto de “não temos aumentos faz mais de 18 anos”.  

  

Outro dos trabalhadores presentes foi Joaquim Manuel Gafanhoto funcionário na empresa ETMA que falou aos microfones da RC sobre as suas dúvidas “não sei como se trata dos descontos, já li a portaria, mas venho aqui para ver se me esclarecem”. O trabalhador diz-nos que “comecei a descontar aos 15 anos, tenho 42 anos de descontos e 58 de idade, venho ver se me consigo reformar”.

Joaquim Gafanhoto é maquinista de corte de primeira e “não tenho dúvidas que estou abrangido pela nova portaria”, conta-nos que “já pedi na firma um documento para ver os meus descontos, mas a entidade patronal ainda não me deu o documento”, a RC questionou o trabalhador sobre o motivo da possível recusa por parte da empresa, ao que nos foi dito “eles dizem que estão a aguardar um documento da Segurança Social para depois me fornecerem”.

“trabalhar a 100 metros de profundidade ao calor e ao frio é muito complicado”
Joaquim Gafanhoto

Perguntámos a Joaquim Gafanhoto qual o maior desgaste que esta atividade profissional lhe provocou, ao que nos disse “tenho hérnias discais na coluna, já fui operado aos joelhos, tenho alergia derivada do pó da cola, é um trabalho muito duro”.     

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