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Sábado, Abril 27, 2024

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A Comissão Europeia reconhece a importância das obras do Alqueva para a região e para o país”, refere o Engo. José Pedro Salema, Presidente da EDIA (c/som)

Inseridos no âmbito do Portugal 2020, a Comissão Europeia aprovou o financiamento de 10 novos projetos portugueses de infraestruturas e de saúde, num total de 393 milhões de euros.

Para o grande lago artificial do Alqueva foram aprovados três projetos hidráulicos, e que em declarações á Rádio Campanário, o Engo. José Pedro Salema, Presidente da EDIA, revelou que “ (…) estes projetos estavam aprovados já ao nível nacional, ao nível da autoridade de gestão nacional dos fundos comunitários, e tanto assim é que os contratos de financiamento já estavam assinados e as obras já estavam em curso, todas elas estão mesmo concluídas”

Segundo o Engo. José Pedro Salema, cabe á Comissão Europeia, quando os projetos ultrapassam os cerca de 25 mil milhões de euros, conceder, ou não, parecer favorável às operações, por isso “esta decisão dá-nos tranquilidade de que não haverá nenhum problema, em sede de auditoria, porque já teve parecer favorável da Comissão Europeia que aprovou o projeto”.

O primeiro projeto está relacionado com os circuitos hidráulicos de São Pedro-Baleizão-Quintos, que é uma parte da rede principal de águas do Alqueva e que fornece água potável a Beja, recebeu 98,84 milhões de euros do Fundo de Coesão; o segundo tem a haver com o adutor de Briches-Enxoé, que recebeu 33,84 milhões de euros do Fundo de Coesão, faz parte do subsistema de Ardila, e canaliza a água armazenada no reservatório de Briches até aos reservatórios de Serpa, Laje e Enxoé, que fornece água aos 38.064 habitantes dos municípios de Serpa, Moura e Vidigueira; por último, foi contemplado também o circuito hidráulico de Pedrógão que recebeu 31,45 milhões de euros, que permite fornecer água potável a Beja e assegura a irrigação de uma área de 5.083 hectares, abastecida a partir do Reservatório de São Pedro que, por sua vez, recebeu água do reservatório de Pedrogão.

O Presidente da EDIA confirmou à nossa rádio os imensos benefícios destes três projetos, nomeadamente “ (…) em termos de volume, o benefício agrícola é muito importante”.

Para além disso, as áreas irrigadas podem gerar rendimentos muito superiores aos seus proprietários, o consequente aumento do teor de humidade é muito importante no combate as alterações climáticas, oferece a possibilidade de ter culturas permanentes, dá hipótese de combater incêndios mais eficazmente, e por último, mas de suma importância, é a possibilidade de reforço ao abastecimento público.

O Engo. José Pedro Salema confessou, ainda, à Rádio Campanário, que a grande prioridade da EDIA é acabar as obras do empreendimento dos fins múltiplos do Alqueva, para além de ter os 120 mil hectares prontos na campanha de 2016. Pessoalmente, o Presidente da EDIA pretende “ (…) garantir que este enorme investimento público é efetivamente utilizado, está ao serviço da comunidade e do país”.

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