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Domingo, Abril 28, 2024

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“A obra da Fortaleza de Juromenha é essencial no concelho; levamos para o futuro a riqueza do passado” diz Pres. Da CM de Alandroal (c/som)

A Delegação Socialista Portuguesa no Parlamento Europeu apresentou hoje, em Juromenha, no concelho de Alandroal, os “Roteiros Europa”, com o objetivo de destacar a importância da União Europeia e do Parlamento Europeu para as pessoas e para as regiões. 

Os deputados socialistas do Parlamento Europeu visitaram o resultado de investimentos já realizados que contribuíram para valorizar os territórios, criar emprego e melhorar os serviços públicos em Portugal, da inovação empresarial aos cuidados de saúde. 

A Rádio Campanário esteve presente e falou com João Grilo, presidente da Câmara Municipal de Alandroal sobre este projeto âncora e sobre aquela que é talvez, a obra de maior valor no concelho de Alandroal.

Questionado pelo sentimento de chegar até esta fase, João Grilo começou por referir que “é um sentimento positivo. Acho que é muito importante continuarmos a passar esta mensagem da capacidade do território de executar fundos, para mobilizar ativos como é o de Juromenha e outros que o território tem para contribuir para as dinâmicas de desenvolvimento locais. Precisamos de continuar a ter esses fundos até termos, de facto, a capacidade de sermos autossuficientes e já não dependermos deles, até porque não queremos depender para sempre desses fundos, é importante que se perceba que precisamos de ajuda para lançar os projetos mais importantes, mas depois também queremos retirar daí o devido valor e passarmos a outro patamar da relação com a União Europeia, não apenas nesta questão dos fundos”.

“O Município de Alandroal está a demonstrar com esta obra que tem capacidade para executar obras de cinco milhões de euros neste momento, através dos fundos de apoio regional, mas também podemos fazê-lo através de outros fundos. Temos candidaturas para a área de acolhimento empresarial, temos objetivos de replicar em Terena o que estamos a fazer aqui, porque é mais um centro histórico do concelho, que precisa dessa reabilitação para se constituir como âncora para o desenvolvimento local, temos objetivos ligados à ferrovia, temos os objetivos da navegabilidade do Guadiana aqui mesmo ao lado, os nossos vizinhos espanhóis têm essa vontade e nós também devemos ter”, acrescentou.

O presidente do Município de Alandroal referiu ainda que “quem aqui esteve sabe a dimensão desta estrutura e que é impossível fazer tudo de uma vez. O nosso objetivo é realizar o restauro e conservação dos três níveis da muralha, para que depois no interior haja condições para desenvolver o Projeto Revive, no qual a fortaleza está integrada, que fará a segunda fase da intervenção que é reabilitar o que for possível para uso turístico e também os espaços públicos. Naturalmente que temos que intervir no exterior da fortaleza, na ligação da vila à fortaleza, melhorar as acessibilidades, a ligação ao rio, o acolhimento aos visitantes, ou seja, há todo um trabalho para fazer, que tem que ser planeado e, sem este trabalho que estamos aqui a fazer hoje, nenhum dos outros sería possível”.

Questionado sobre a previsão da conclusão da primeira fase da obra, o autarca referiu que “a obra tinha um prazo de dois anos, que se conclui em outubro deste ano, é expectável que haja um ligeiro atraso devido à dimensão da obra, onde há muita arqueologia, muitas técnicas a ser estudadas, muita imprevisibilidade, mas terá que ser sempre um prazo muito curto, muito por força da execução dos fundos”

O presidente do Município de Alandroal falou ainda no que esta obra pode representar para as gerações vindouras, dizendo que “agora temos a oportunidade de termos a Évora e o Alentejo como Capital Europeia da Cultura e importa realçar que esta cultura alentejana é o acumular de sucessivas civilizações e povos que ocupara o Alentejo e nos deixaram tudo isto é que nos diferencia do outros e que nos torna tão especiais para termos uma Capital Europeia da Cultura e podermos mostrar o nosso valor e é sempre importante levar para o futuro o que trazemos do passado”.

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