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Segunda-feira, Dezembro 2, 2024

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Advogados querem Governo a resolver problemas de imigração em Odemira

O bastonário da Ordem dos Advogados exigiu hoje uma intervenção do Governo para resolver os problemas “muito complexos” causados pela imigração “um pouco descontrolada” nos concelhos de Odemira e Aljezur, defendendo a criação de uma ‘task force’.

“Achamos que o Estado é que tem de intervir”, porque “as câmaras municipais estão a fazer um esforço muito meritório”, mas “isto necessita de uma intervenção ao nível do poder central”, disse Luís Menezes Leitão aos jornalistas, em Odemira, no distrito de Beja.

O responsável falava após uma comitiva da Ordem dos Advogados (AO) ter-se reunido hoje com os presidentes das câmaras de Odemira, Hélder Guerreiro, e de Aljezur, José Manuel Gonçalves.

Na reunião, foi feito um balanço sobre a situação e as necessidades em matéria de direitos humanos dos trabalhadores agrícolas imigrantes naqueles concelhos.

Segundo o bastonário da OA, os autarcas transmitiram “os problemas muito complexos que estão a ser causados com a situação de imigração um pouco descontrolada que existe” nos dois concelhos, sobretudo no de Odemira.

A situação deve-se “precisamente” ao “facto de não haver o apoio necessário” da parte do Governo para “criação de infraestruturas de habitação necessárias para acolher os imigrantes” e para o “controlo laboral”, afirmou.

Há quase um ano, o elevado número de casos de infeção pelo vírus que provoca a doença covid-19 entre trabalhadores agrícolas no concelho de Odemira, sobretudo estrangeiros, fizeram o país centrar atenções nos abusos laborais e nas más condições de habitabilidade destes migrantes.

A situação epidemiológica levou o Governo a decretar uma cerca sanitária em duas freguesias do concelho – São Teotónio e Longueira/Almograve -, em 29 de abril, para tentar travar os contágios.

 Na altura, o primeiro-ministro, António Costa, alertou para a situação de “insalubridade habitacional inadmissível, com hipersobrelotação das habitações” no território, o que considerou tratar-se de “uma violação gritante dos direitos humanos”.

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