O IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) classificou março como quente e seco, encontrando-se o país em situação de seca meteorológica, e o Alentejo em particular em situação de seca moderada.
Em declarações à RC, José Velez, diretor Regional Adjunto de Agricultura e Pescas do Alentejo, afirma que “estamos ainda numa fase de transição, mas as perspetivas não são risonhas”.
Nas últimas semanas de março, não foi registada a precipitação expetada, “não tendo chovido em toda a região sul”.
“Estamos ainda numa fase de transição, mas as perspetivas não são risonhas”
José Velez
O dirigente aponta a necessidade de, a par com as medidas adotadas pelo Governo, a população em geral e os agricultores racionalizarem a água, “mesmo a nível de rega”.
“Há também algumas medidas de apoio, que […] esperemos que não venham a ser necessárias” nomeadamente “numa primeira fase no que é o abeberamento e alimentação do gado”.
Sobre a possibilidade de recurso a cisternas para transporte de água para zonas onde esta é mais escassa, o diretor adjunto explica que surge como uma medida destinada ao abeberamento do gado, que requer “um projeto de aquisição”, que “depois o Estado irá financiar dentro das suas possibilidades”.
Outra medida apresentada pelo Governo é o encaminhamento de água de Alqueva para outras barragens. Barragens que podem ser beneficiadas pela medida são, por exemplo, a Barragem da Vigia (com perímetro de rega já projetado), Monte da Rocha “e todo aquele conjunto de albufeiras, que é alimentado direta ou indiretamente de Alqueva”. Se houver necessidade poderá “chegar alguma água” aos territórios do Sado, que “são zonas sociavelmente muito sensíveis e que é preciso dar uma resposta tão urgente quanto possível”.