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Sábado, Abril 27, 2024

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Alentejo apontado como uma das piores regiões a nível de acessos para pessoas com deficiência (c/som e fotos)

O auditório do Centro Escolar de Borba recebeu o colóquio “Vive um dia comigo”, na passada quarta-feira (9 de Dezembro) que reuniu dezenas de pessoas. A iniciativa foi promovida pela Unidade de Cuidados da Comunidade  em parceria com o município, o movimento Fé e Luz, o Centro Luís da Silva, a Cerci Estremoz e com a equipa de intervenção precoce.

O presidente da Câmara Municipal de Borba, António Anselmo, fala sobre a importância da inclusão e adianta que está a ser ponderada a hipotese de para o próximo ano dedicar uma semana ao tema da inclusão de pessoas com deficiência afirmado que “muito mais importante do que comemorarmos datas é incluir estes cidadãos da forma mais correta e refletir. No fundo o que é que é ser deficiente? É ser limitado? É pensar menos rápido que os outros?”. Salienta ainda que “ acredito que com humanismo,boa vontade, respeito podemos melhor a vida dos outros e acima de tudo muito mais do que incluir é perceber que todos nós temos capacidades que podem ser usadas em prol da sociedade.”

 

Em entrevista à Rádio Campanário, a enfermeira da Unidade de Cuidados da Comunidade, Sara Fonseca, conta-nos que a sociedade está desumanizada revelando que “ a sociedade, hoje em dia, está muito calculista rege-se pela perfeição e vê as pessoas como unidades produtivas e não como seres humanos.”

 

O utente do Centro Luís da Silva, Claudio Vasco, diz-nos como tem lidado com a sua deficiência profunda que foi provocada por um acidente num momento de lazer assegurando que” durante o processo de adaptação perdi muitos amigos mas fui ganhando outros, houve fases em que me senti, estive revoltado mas compreendi que nao faço a minha vida como quero, faço como posso.” Enfantiza que “quero agarra-me á formação profissional tentar que a sociedade no alentejo desenvolva mais em relação às barreiras arquetetónicas visto que já vivi em Lisboa, Lagos e onde sinto mais dificuldades de acesso é de fato na minha região.”

 

Segundo, a representante da Cerci Estremoz, Dulce Coimbra “as entidades públicas recebem melhor as pessoas que têm incapacidade até porque as medidas acabam por ser mais vantajosas, as empresas privadas têm sempre muita resistencia ao desconhecido.”

Dulce Coimbra manifesta que “ infelizmente ainda existem muitas barreiras arquitetónicas atualmente podemos ultrapassar essas dificuldades através do IEFP apresentando candidaturas que são feitas para que a pessoa possa ser integrada sem qualquer constrangimento.”

 

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