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Domingo, Abril 28, 2024

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Alentejo continua com falta de médicos. José Robalo diz que “quando não se consegue através de contratos individuais de trabalho, temos tentado arranjar prestações de serviços que compensem essas perdas” (c/som)

O Alentejo continua a ser uma das zonas do país que não consegue preencher as vagas abertas para novos clínicos.

À Rádio Campanário José Robalo, presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo, confirma que continua a existir “alguma dificuldade” no preenchimento das vagas, “mas os Conselhos de Administração têm tentado de qualquer forma, quando não conseguem ter o número de profissionais adequados, através de contratos individuais de trabalho, arranjar prestações de serviços que compensem essas perdas”.

Acrescenta que existem duas vagas para o Norte Alentejano e no Alentejo Central, “estamos com quase a cobertura total da população em termos de médico de família”, salientando que “vamos ter mais um médico e com esse médico conseguirmos ter quase a cobertura completa das necessidades do Alentejo Central, ou seja, que cada utente, no Alentejo, tenha direito áquilo que está consignado como o médico de família”.

Questionado sobre as especialidades que têm sido mais difíceis de preencher, refere que, “as necessidades são transversais, mas mantêm-se habitualmente nas mesmas especialidades”, sendo “a anestesiologia” aquela que mais preocupa. “A medicina geral e familiar está equilibrada, precisa-se no Litoral Alentejano de um número maior de médicos de família que é onde existe uma dificuldade maior em número de profissionais. Outras áreas com resposta comprometida, tem a ver com orologia, pelo que são as respostas mais específicas que comprometem, por vezes, alguns desempenhos”.

José Robalo diz ainda que no caso de anestesiologia, “se não tivermos anestesiologistas, provavelmente não conseguimos ultrapassar as listas de espera na cirurgia. De qualquer forma, os próprios Conselhos de Administração estão a tentar criar prestações de serviço, com profissionais que se disponibilizem a vir prestar algumas horas aos hospitais, de forma a resolvermos esta questão, não da maneira que nós gostaríamos, mas como alternativa, de forma a podermos garantir também a resposta em termos cirúrgicos”.   

Instado a comentar o número de clínicos no Centro de Saúde de Vila Viçosa, o presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo expressa que não lhe parece que seja “uma área especialmente carenciada em relação aos médicos de família”.

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