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Alentejo é a região do país com mais gastos com o pessoal

O Alentejo é das regiões do país onde as autarquias mais custos têm com o pessoal.

Segundo os Anuários Estatísticos Regionais de 2015, é mostrado que as sub-regiões do Alentejo Litoral e Alentejo Central, representam mais de 40% da despesa total do país.

De acordo com informação dos Anuários Estatísticos Regionais de 2015, divulgada esta terça-feira, dia 20 de dezembro, pelo INE, a principal despesa dos 308 municípios portugueses são as despesas com pessoal, que representam 34,1% do total em termos médios nacionais.

Os municípios das sub-regiões do Alentejo Litoral (42,1%), Alentejo Central (41%) e Madeira (40,2%) são os que mais custos têm com o pessoal, enquanto nos da sub-região da Beira Baixa (24,1%), Região de Leiria (25,7%) e Região de Aveiro (27,7%) aquele peso é menor face à despesa total das operações não financeiras.

Já a despesa com investimento realizado correspondeu, em termos nacionais, a 18,1% do total da despesa das operações não financeiras das câmaras municipais: em 16 das 25 sub-regiões do país a despesa com investimento realizado (chamada de aquisição de bens de capital) foi superior à média nacional, com destaque para a Região de Aveiro (28,4%) e Douro (28,3%).

Segundo os mesmos dados, a dívida a terceiros dos municípios portugueses foi, em 2015, de cerca de 5,6 mil milhões de euros, o que representa um valor médio de dívida de 541 euros por habitante.

Ao nível municipal, em 153 dos 308 municípios (sensivelmente metade do total), a dívida por habitante foi superior à média nacional de 541 euros: Fornos de Algodres, no distrito da Guarda, é a autarquia que possui o valor de dívida por habitante mais elevado (6.221 euros), seguida de Alfândega da Fé (4.247 euros) e Freixo de Espada à Cinta (4.183 euros), ambas no distrito de Bragança.

Por regiões, a Área Metropolitana de Lisboa (473 euros) e o Norte (476 euros por habitante) foram as únicas que registaram valores inferiores à média nacional, enquanto no Algarve o valor da dívida por habitante (1.016 euros) quase duplicava o valor médio nacional.

Em 2015, a dívida bancária dos municípios foi de cerca de 3,7 mil milhões de euros – mais de 66% do total da dívida a terceiros. O INE assinala ainda que as regiões que apresentaram um maior peso da dívida bancária de médio e longo prazo no total da dívida foram os Açores (85,3%), o Centro (72,2%) e o Norte (71,3%).

As receitas dos municípios, provenientes de operações não financeiras, em 2015 foram superiores às despesas, registando um saldo positivo de cerca de 731 milhões de euros, assinala o INE.

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