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António Anselmo disse em 2014: “Em janeiro quero fazer uma conferência explicativa com a Direção Regional da Economia e empresários dos mármores”, consta em ata

As condições da Estrada Municipal 255 que ligava Borba a Vila Viçosa, e que colapsou no início da presente semana, foram discutidas em sessão ordinária da Assembleia Municipal de Borba, que teve lugar no dia 27 de dezembro de 2014, introduzidas pelo vereador socialista Celso Ramalho. No final, ficou acordada a realização de uma conferência em janeiro de 2015, que reunisse a Direção Regional da Economia, técnicos, empresários e todos os interessados em debater o assunto.

Respondendo ao vereador que questionou sobre o que foi debatido na reunião ocorrida entre a câmara de Borba, Direção Regional da Economia e os empresários do mármore, António Anselmo, presidente da Câmara Municipal de Borba (eleito em setembro de 2013), disse ter sido informado meses antes por empresários da zona “(Plácido Simões, Marmetal,…)” da existência de “um estudo feito na Direção Regional da Economia (DRE), da parte do serviço geológico, o qual informava que a estrada estava em perigo”. Posteriormente, teve lugar uma reunião entre a DRE e “toda a vereação” da autarquia de Borba “onde também lhes foi explicado o assunto referido.” Considerou então “que se deveria ter uma reunião conjunta” com estas entidades e os “empresários dos mármores daquela zona e as pessoas que ali têm terras, e utilizam aquela estrada, e assim todos ficavam a saber, quais as medidas a providenciar”.

António Anselmo apelou a “um pouco de bom senso nestas situações” questionando se “um problema que se arrasta há 10 anos, agora é que está em perigo de cair? A estrada só vai ser derrubada se estiver mesmo em perigo.” Sendo esta estrada da responsabilidade da autarquia, esta só procederá à limitação do trânsito “se tiver informações concretas dos técnicos sobre o verdadeiro perigo ali instalado”, com base em estudos e “factos técnicos muito grandes”.

O autarca avançou ainda a intenção de no mês seguinte, em janeiro de 2015, “fazer uma conferência explicativa no Cineteatro, sobre a situação, onde estarão presentes as pessoas da Direção Regional da Economia, empresários dos mármores e outras pessoas interessadas no assunto”, mostrando abertura a todas as sugestões, mediante “suporte técnico viável e aceitável”.

Na sua intervenção, o vereador Nelson Sousa disse que “(…) numa deslocação do professor Luís Lopes da Universidade de Évora, à Escola Secundária de Vila Viçosa, onde deu uma aula de Geologia, e onde explicou o que se passava com a estrada municipal 255- Borba – Vila Viçosa, apresentou fotografias áreas, e explicou que era um problema que se teria de analisar, nunca colocou a hipótese de se derrubar a estrada, até porque a mesma, é uma estrada real”.

O vereador Benjamim Espiguinha disse “pouco” haver a “acrescentar a este assunto”, mas que “todos os contributos são bem-vindos”. Tendo já sido “abordado em reuniões de câmara, a opinião de todos é que esta discussão se faça, da maneira mais alargada possível, porque todos temos a ganhar, com o que se passa ou se poderá vir a passar nesta estrada.”

O deputado Celso Ramalho, representando o PS, concordando com o autarca António Anselmo, propôs a realização de “uma assembleia extraordinária, conferência, onde se discuta o assunto” uma vez que este é “importante demais para ser decidido por duas, três ou quatro pessoas [….] queremos é ver o assunto discutido, para que a decisão seja a melhor para os borbenses”, conclui.

O presidente da Câmara Municipal ficou assim de contactar a Direção Regional da Economia, para a conferência, assim como de contatar o referido professor Luís Lopes para estar presente na mesma. O autarca conclui, defendendo que a Estrada Municipal 255 “é um assunto que tem de ser bem analisado tanto a nível técnico, emocional (…) e do ponto de vista das necessidades das coisas. (…) para beneficiarmos três ou quatro pontualmente, não podemos “tramar” uma série de pessoas (…)”.

Tendo ainda o deputado Celso Ramalho realçado a importância de convidar o município de Vila Viçosa a estar presente, considerando que a estrada ligava ambos os concelhos, António Anselmo retorquiu, dizendo que “na primeira reunião o município de Vila Viçosa foi convidado, só que entenderam que não”.

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