O Primeiro-Ministro António Costa anunciou hoje a sua demissão ao Presidente da República, na sequência da divulgação pelo Ministério Público de que está a ser alvo de uma investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça, relacionada com projetos de lítio e hidrogénio em Portugal.
A Rádio Campanário falou com António Ceia da Silva, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA), para discutir as implicações desta crise política na execução dos Fundos Europeus destinados à região do Alentejo.
Ceia da Silva começou por afirmar que, do ponto de vista pragmático, (…) a situação não afetará negativamente a região do Alentejo. Destacou que o programa operacional do 2020 já atingiu uma taxa de execução de 91,6% até outubro, superando largamente outras regiões de convergência em Portugal, como o Centro e o Norte.
O Presidente da CCDRA assegurou que o Alentejo cumprirá integralmente o programa 2020, alcançando até mesmo uma execução superior a 100%. Afirmou: “(…) que a região não perderá qualquer financiamento neste quadro comunitário.
Quanto ao programa operacional de 2030, Ceia da Silva enfatizou “que já está em execução e que já abriram vários avisos. Independentemente das decisões do Presidente da República, a Região continuará a trabalhar para executar o programa do 2030 mais rapidamente do que o de 2020.”
Em relação às possíveis decisões do Presidente da República, Ceia da Silva salientou; “que Marcelo Rebelo de Sousa pode nomear um novo Primeiro-Ministro pelo Partido Socialista ou dissolver o Parlamento. No entanto, considerou que tais decisões só deveriam ser tomadas após a aprovação do orçamento na especialidade, após 29 de novembro. Expressou ainda; a confiança de que o Presidente da República considerará esta data e não dissolverá o Parlamento antes, reforçando mais uma vez que seria o melhor para o país e para todos os cidadãos.
A Crise política em Portugal continua a evoluir, e o País aguarda as próximas decisões e desenvolvimentos no cenário Político Nacional.
