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Sábado, Abril 27, 2024

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“As pessoas que têm uma ação política não deviam continuar nos lugares (…) sob a falsa capa de independentes”, diz Norberto Patinho (c/som)

O Presidente da Federação Distrital de Évora do Partido Socialista e Deputado na Assembleia da República, Norberto Patinho, considera que “as pessoas que têm uma ação politica não deviam continuar nos lugares”, já que “não se identificam com a política deste Governo”.

Defensor convicto da regionalização, Norberto Patinho defendeu essa moção enquanto candidato à Federação Distrital de Évora do PS, porque acredita que pode ser uma forma de “alterarmos esta situação de atraso relativamente ao resto do país, a situação de desertificação, e a regionalização pode contribuir de uma forma muito decisiva para alterarmos esse rumo”.

Instado diz que “o modelo não será muito difícil, será uma eleição direta e com competências próprias que também está num patamar que neste momento é fácil de definir, entre o poder local e o poder central. Neste momento já percebemos que há coisas que as câmaras fazem melhor porque estão mais próximas, outras teriam vantagem em estarem unidas, mas não dependentes de Lisboa. É nessa área de competências que o Governo tem de abdicar a favor das regiões porque podem se concretizar melhor junto das pessoas, com a proximidade. Há outras que podem estar no patamar local que se podem desenvolver com melhor qualidade e mais condições do que se estiverem num patamar supra municipal”.

Declara que as pessoas que há uns anos compararam a regionalização do Alentejo com a Região Autónoma da Madeira e dos Açores e até mesmo com Espanha, era com a intenção “de boicotar o processo (…)”, defendendo, “não é uma regionalização desse tipo que se pretende, pretende-se que haja condições para podermos tomar decisões sobre o nosso futuro”.

Sobre a sua estruturação financeira do ponto de vista governamental, salienta que “será uma boa gestão dos fundos, se se decidir que é num patamar regional que se vão exercer determinadas funções, as verbas que neste momento estão alocadas em qualquer outro patamar, se forem passadas para a região, não representarão mais investimento e representarão um melhor aproveitamento desses recursos a favor do desenvolvimento regional. Eu penso que são falácias dos medos que quiseram criar junto das pessoas, dizer-se que é mais um grupo de políticos a serem pagos, vão representar uma maior despesa (…) há um patamar do que é razoável (…) o despesismo é falso, não é verdadeiro, depende daquilo que pretendem fazer (…)”.

Expressa que com a regionalização, “terminarão muitos cargos políticos que sob a tal capa dos independentes, foram criados com a Cresap (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública), que teve tudo menos independentes”.

Instado sobre o facto de ainda estar a funcionar a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública, refere que “não se pode mandar tudo por terra”, questionando, “o que é que aconteceria se este Governo que está há tão pouco tempo a dirigir o país, acabasse com a Cresap? Diriam que querem acabar com a independência (…) o que eu penso é que sob a falsa capa de independentes, muitos políticos estão a continuar, muito se debateram contra este Governo e não têm coragem politica e a dignidade politica de se demitirem de lugares que deveriam defender este Governo porque continuam a assumir funções na região, de responsabilidade politica do Governo, quando são contra e assumem-no no dia a dia”.

Norberto Patinho sublinha, depois de indagado, que ocupam o lugar “legitimamente em termos legais do contrato que estabeleceram e ilegitimamente da forma como lá chegaram e da forma enganadora que se quis mostrar às pessoas que eram independentes, que eram técnicos, era tudo falso, nós conhecemo-nos todos uns aos outros (…) quando estamos a defender um Governo ou uma orientação partidária, o que é legítimo é ter opiniões diferentes, mas não devíamos assumir ou defender um lugar ou manter esse lugar”. 

Conclui dizendo, “as pessoas que têm uma ação politica não deviam continuar nos lugares (…) como é que alguém que não se identifica com uma política em qualquer área”, exemplificando, “como a política da educação seguida por este Governo, que não se identifica com o fim dos exames (…) pode continuar a ser responsável pela área da educação (…) mas isso passa-se em todas as áreas”.

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