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Associação ambientalista aponta atrasos no Plano de Conservação do Lince-Ibérico

O Parque Natural do Vale do Guadiana (PNVG), tem vindo a adquirir o estatuto de ponto de reintrodução de linces na natureza, em Portugal, tendo sido reintroduzidos 27 linces no núcleo populacional do Vale do Guadiana, entre 2015 e 2017. Em 2017, já nasceram 10 crias em meio natural, no PNVG.

Existindo ao todo, seis centros de reprodução em cativeiro da espécie, entre Portugal, Andaluzia e Extremadura, estima-se que em 2016 tenham nascido 483 indivíduos nesses centros, contrastando com o falecimento de 33 indivíduos da espécie. As principais causas de morte são o atropelamento e o envenenamento.

A Zero, Associação Sistema Terrestre Sustentável, alertou em comunicado para o atraso existente nas metas do Plano de Ação para a Conservação do Lince-Ibérico em Portugal (PACLIP), propostas para o ano de 2016, devido à falta de verbas. A Zero afirma que, desde a implementação do plano, em 2015, não foi realizada nenhuma ação de sensibilização prevista no mesmo.

A associação ambientalista aponta que apenas 10, das 31 metas operacionais de prioridade crítica foram concretizadas, e apenas 6 das 12 metas de prioridade alta, comprometendo a reintrodução da espécie, na natureza.

Evidencia também a ausência de dados concretos referentes ao número e dimensão das intervenções de recuperação e melhoria do habitat, que têm vindo a ser realizadas no sítio Moura/Barrancos, e no sítio do Guadiana.

A associação Zero considera que o relatório do progresso do PACLIP revela um fraco nível de implementação do plano, em 2015 e 2016, considerando necessário um novo impulso nas atividades de conservação no terreno, para auxiliar o processo de reintrodução da espécie, na natureza.

O PACLIP visava ainda a criação de novas infraestruturas, com condições melhoradas, para a reprodução e cativeiro do Lince-Ibérico. Com execução prevista para o final de 2016, a medida ainda não passou da fase de projeto.

No comunicado em que a Associação Zero demonstrou esta preocupação, fez ainda saber que existem atrasos nos estudos relativos à identificação e cartografia de novas áreas para novas populações.

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