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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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Borba: Misericórdia inaugurou Centro de Fisioterapia. Os utentes “quando entram aqui, temos a obrigação de lhe poder proporcionar o melhor que possam aspirar”, diz provedor Rui Bacalhau (c/som e fotos)

A Santa Casa da Misericórdia de Borba inaugurou na passada sexta-feira, dia 17 de junho, o novo Centro de Fisioterapia que funcionará no Pavilhão Multiusos “Caetano Gazimba”, localizado no complexo da Aldeia Social da instuição particular de solidariedade social, na Quinta da Prata, em Borba.

Recorde-se que o novo Centro de Fisioterapia surge na sequência de uma candidatura aprovada, em dezembro de 2015, pelo Fundo Rainha D. Leonor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, visando a melhoria da qualidade de vida dos utentes e da população, e teve um investimento de cerca de 140 mil euros.

A cerimónia de inauguração do novo Centro de Fisioterapia contou com um conjunto alargado de individualidades.

À reportagem da Rádio Campanário, Rui Bacalhau, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Borba, destacou que “é um dia de festa, a Misericórdia de Borba está a inaugurar mais uma valência, mais um equipamento, obviamente que, como disse há pouco no discurso, o propósito deste equipamento estava pensado há algum tempo porque os nossos objetivos e os nossos princípios, é dar qualidade de vida aos nossos utentes, é também prestar-lhe o melhor serviço possível, daí obtermos essa qualidade que defini como exemplar e também a possibilidade de fazer as pessoas o mais felizes possível”.

Acrescenta que “lidar com esta franja da população não é fácil, pessoas que já viveram vidas, algumas difíceis, outras menos difíceis, mas que quando entram aqui, nós temos a obrigação de lhe poder proporcionar o melhor que elas possam aspirar para a vida e aqui têm que ser todas tratadas da mesma forma e têm que ter todas as mesmas condições e se têm algumas dores, temos que lhas tirar (…) aqui na Aldeia Social temos que fazer as pessoas felizes”.

Questionado sobre o valor do investimento candidatado ao Fundo Rainha D. Leonor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, refere que foi “financiado em 90%”, que se traduz no Acordo de Parceria entre a União das Misericórdias Portuguesas e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, “e este equipamento a nós, vai ficar na ordem dos 120 mil euros mais IVA e o Fundo Rainha D. Leonor financiou-nos em cerca de 96 mil euros porque a candidatura aprovada foi só de 107 mil euros”.

Rui Bacalhau salienta que a nova valência “vai servir toda a população, num primeiro momento vai servir os nossos utentes, mas fizemos uma parceria com uma clinica da nossa região e essa mesma clinica vai abrir a toda a população (…) o que nós queremos é criar bem estar e como é o nosso lema, estar sempre junto da comunidade”.

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos enaltece “o trabalho fantástico que a Santa Casa da Misericórdia de Borba, liderado pelo provedor Rui Bacalhau, tem vindo a fazer e temos que reconhecer isso. Hoje inauguramos mais este equipamento com a ajuda do Fundo D. Leonor, que só é possível graças ao empenho da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, do Dr. Pedro Santana Lopes que compreendeu e teve a sensibilidade no sentido de apoiar estas Misericórdias, a que ele chamou última pedra (…)”.

Questionado sobre a importância do Fundo Rainha D. Leonor, diz que um dos aspetos “é o financeiro, que é a última pedra (…) é que às vezes falta um bocadinho de dinheiro para que o equipamento termine mais cedo (…) mas depois tem um outro valor que é impossível medir, que é a aproximação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem, como primeira das Misericórdias Portuguesas, às outras restantes, que é devolver às comunidades uma pequena parte do investimento que ela todas as semanas fazem nos jogos sociais (…)”.

À reportagem da Rádio Campanário, Inez Ponce Dentinho, em representação de Pedro Santana Lopes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, expressa que “é um privilégio e uma alegria “marcar presença na inauguração do Centro de Fisioterapia, mas o mérito é inteiramente do provedor de Borba (…) é o dinamismo dos provedores que faz com que estas obras acontecem e estão atentos à população, sabem o que querem fazer com eles, não se conformam com a ideia do envelhecimento ser em frente a uma televisão, quietos, mas que tenham gosto pela vida até ao fim”.            

O deputado eleito pelo círculo de Évora à Assembleia da República, Norberto Patinho, refere que “estes momentos são muito gratificantes porque emanam da sociedade e daquilo que há de bom em todos nós. Há muita gente que se envolve desinteressadamente a tentar encontrar melhores condições para aqueles que mais precisam e os idosos merecem todo o nosso apoio”.

Salienta que enquanto autarca sentiu muitas vezes “todo o investimento que fizemos na terceira idade e para terem uma velhice mais ativa, com mais qualidade de vida, mais feliz, é o que nos dá imenso prazer e o movimento associativo, que tão em crise está por vários motivos (…), é estimulante para quem está à frente, com muito sacrifício, ver depois estes resultados, ver concretizados os objetivos que se têm e que, com a sua condição, melhoram a qualidade de vida dos outros”.

Para o deputado, António Costa da Silva, eleito pelo círculo eleitoral de Évora do PSD, é uma satisfação “ter a oportunidade de estar aqui nesta inauguração. Este é um espaço que conheço muito bem e até por outras funções que exerci no passado porque houve um projeto no âmbito do programa operacional onde trabalhei e onde tive responsabilidades, na altura o Inalentejo, que financiou uma parte, mas estamos a falar de um outro financiamento que não tem a ver com isso, uma complementaridade muito importante que é ao nível da fisioterapia que vai servir um concelho e que até pode ultrapassar o concelho, pela qualidade dos equipamentos que eu vi aqui, que acho que existem condições para termos uma oferta um pouco mais expansiva”.

António Costa da Silva diz ainda que “o trabalho das Misericórdias é notável e neste caso em concreto, temos uma vantagem do empenho de quem desenvolve os projetos, mas também ao nível da provedoria de Lisboa que apoiou este projeto em concreto”.

António Anselmo, presidente da Câmara Municipal de Borba, assinala a satisfação com que vê este projeto, mostrando-se muito feliz e contente com esta inauguração porque “tudo o que for feito em Borba, seja por quem for, é importante e o trabalho da Santa Casa é sobejamente reconhecido (…) as instituições quando trabalham em prol das pessoas, vale sempre a pena e a Santa Casa está a fazer isso e muito bem”.

Instado sobre se tem havido alguma parceria entre a Santa Casa da Misericórdia de Borba e o município, refere que “da minha parte a parceria está sempre em aberto porque é obrigação da câmara dar todas as condições possíveis, há coisas que têm que ser melhoradas, mas isso vai ser resolvido”.                 

Recorde-se que o Fundo Rainha D. Leonor, foi criado em abril de 2014, por iniciativa do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Pedro Santana Lopes, com o Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel de Lemos, através de um Acordo de Parceria, com o objetivo de apoiar as Misericórdias na concretização de projetos prioritários estagnados por falta de financiamento.

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