Alcáçovas vai ser palco do “ Ponto e Alto”, um Festival de Cante Alentejano que já vai na sua terceira edição.
Esta iniciativa, que se realizou pela primeira vez em São Miguel de Machede, onde também decorreu a segunda edição , pretende dar o seu contributo para o enriquecimento do cancioneiro tradicional.
Organizado este ano pelo Grupo Coral Feminino Etnográfico “Paz e Unidade”-Associação Cultural e Recreativa Alcaçovense, grupo vencedor da primeira edição do Festival, conta ainda com o apoio do Município de Viana do Alentejo, Junta de Freguesia de Alcáçovas, Associação Terras Dentro e Associação de Convívio de reformados.
A Rádio campanário falou com Maria Gertrudes Garcia, porta voz do Grupo organizador do Festival que começou por nos referir “o festival iniciou-se em 2016 e decorreu até 2018, depois foi interrompido pela Pandemia mas agora estamos de volta” sublinhando ainda que “estamos a tentar envolver a comunidade neste que será um grande festival”.
O Festival tem, como referiu “o objetivo de promover de modas novas, com letra e música originais” estando a organização confiante que rápidamente esgotarão as 14 inscrições possíveis.
O Cante Alentejano, reconhecido como Património Mundial da Unesco em 2014, ganhou a partir daí um reconhecimento exponencial, quer a nível nacional, que a nível internacional, sendo hoje uma referência do Alentejo por este mundo fora.
Maria Gertrudes Garcia comprova isto mesmo dizendo que , após esta classificação, o Grupo ao qual pertence “aumentou as atuações de 15 a 20 atuações para 60 atuações anuais.”
Ainda sobre a importância de preservar a tradição do Cante Alentejano, a responsável do Grupo Coral Feminino Etnográfico “Paz e Unidade” considera ser necessário um maior envolvimento de todos, comunidades e entidades, para que eleve ainda mais esta herança cultural.
O festival Ponto & Alto vai realizar-se a 15 de junho, no período da tarde, em Alcáçovas, concelho de Viana do Alentejo e tem como permissa, no ano em que se comemoram os 10 anos do Cante Alentejano como Património Imaterial da Unesco, chamar a atenção para o Cante Alentejano, salvaguardá-lo e nunca o deixar morrer.”