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Domingo, Abril 28, 2024

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“Temos um projeto sólido, vai ser difícil, mas não vamos despedir ninguém, vamos manter os nossos postos de trabalho e vamo-nos manter confiantes” diz Diretora Clínica da Clínica Médica Horta da Porta

Inês Caeiro, Diretora Clínica, Sócia-Gerente e Médica Dentista da Clínica Médica Horta da Porta, fala do grande impacto que a pandemia COVID-19 está ter na profissão.

A Clínica Médica Horta da Porta encontra-se presente em duas localidades, Évora e Redondo, e a Diretora Clínica refere que “as clínicas estão fechadas, mas as despesas, os compromissos e as obrigações são as mesmas. Temos as rendas para pagar, ordenados, Segurança Social, impostos e Entidade Reguladora da Saúde, isto vai, obviamente, ter um grande impacto a nível económico”.

Aos microfones da RC a Doutora Inês Caeiro, aponta os diversos riscos que os profissionais da área corriam ao continuar a exercer e explica o porquê de ter sido tomada a decisão de fechar as clínicas antes do Governo e da DGS o decidirem, “estamos expostos a um vírus que é totalmente desconhecido e não sabemos se as nossas máscaras e os nossos desinfetantes são eficazes para nos proteger e para eliminar este vírus. Tudo é uma incógnita”.

No entanto, há serviços que têm de ser prestados caso haja essa necessidade, “a atividade está suspensa, mas temos de atender situações comprovadamente urgentes e inadiáveis, tais com abcessos e medicação para dor aguda. Mas todos os tratamentos que incluam exposição a aerossóis, o ideal é evitar, para não nos expor a nós e aos pacientes.”

Porém, a Diretora Clínica reforça que os pacientes vão continuar a ter acesso aos tratamentos de urgência, medicação, drenagem de abcessos, tudo o que for permitido e houver necessidade, vai continuar a acontecer.

Quanto ao impacto a nível económico, a mesma refere que irão contar com apoios do Governo a “nível dos vencimentos e uma redução do pagamento da Segurança Social. Mas há despesas que vão ter de ficar por nossa conta, mas temos um projeto sólido, vai ser difícil, mas não vamos despedir ninguém, vamos manter os nossos postos de trabalho e vamo-nos manter confiantes”.

Acrescenta ainda que “a Ordem dos Médicos Dentistas também já nos disse que não vamos ter de pagar as cotas nos próximo trimestre, toda a ajuda é bem vinda. Ninguém tem culpa, foi algo que não estávamos à espera, se soubéssemos se calhar não tínhamos feito os investimentos que fizemos no último mês”, referindo-se à compra de um equipamento de diagnóstico, ainda retido em Itália.

“É a primeira vez em 11 anos que a nossa clínica vai estar fechada, é um grande impacto, mas assim que possível vamos retomar a nossa atividade”.

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