Há histórias de amor que nascem de brincadeiras de crianças. Há também as histórias que nascem de grandes batalhas. Outras, de paixões atrapalhadas. Em todas elas, a paga é o amor. No Dia de São Valentim, o amor exalta-se das mais diversas formas.
Entre arrancar pétalas a um malmequer, fazer figas, pedir desejos a estrelas cadentes ou fontes de água milagrosas, fazer promessas ou trocar cartas e postais de amor, estes são exemplos das tradições e rituais que se mantêm ao longo de gerações.
As origens
Dia de São Valentim, ou Dia dos Namorados, remonta à história de que um bispo, de nome Valentim, que durante o século III, lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que tinha proibido a realização de casamentos durante as guerras, acreditando que os solteiros seriam melhores combatentes e que se concentrariam mais facilmente na guerra e na vida militar.
Contra a ordem do imperador, o bispo continuou com a celebração de matrimónios. Quando a prática foi descoberta, foi preso e condenado à morte. Enquanto preso, eram vários os jovens anónimos que, em demonstração de apoio e compaixão, lhe enviavam flores e bilhetes, afirmando continuarem a acreditar no amor, explicando assim a troca de postais e cartas que se proliferou até à atualidade.
A história do amor de Valentim
Durante o seu período encarcerado, conta a lenda que o bispo se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e que, milagrosamente, lhe devolveu a visão. Antes da sua execução, Valentim escreveu uma mensagem de despedida na qual assinou como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”. O dia da sua execução tornou-se num tenebroso dia de jejum, em sua homenagem.
A associação com o amor e o romantismo chega-nos depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.
O bispo Valentim foi considerado mártir pela Igreja Católica. A data da sua morte, 14 de fevereiro, marca
também a véspera da festa anual, celebrada na Roma Antiga, em honra da deusa Juno e ao deus Pan, onde um dos rituais incidia sobre a fertilidade.
São várias as versões sobre o surgimento desta data
No século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar o Dia de São Valentim como união do Dia dos Namorados.
A data foi adotada, um século depois, nos Estados Unidos, como Saint Valentine’s Day.
Na Idade Média dizia-se, ainda, que o 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por esse motivo, os namorados desses tempos utilizavam a ocasião para deixar mensagens de amor na porta do seu amado.
A partir de 1969, a Igreja Católica decidiu não celebrar os santos cujas origens não seriam claras, sendo que, neste caso, identifica três santos diferentes como São Valentim. Mesmo retirado do calendário dos santos, o santo padroeiro dos namorados continua a ser celebrado por todo o mundo.
A história no seu formato mais moderno, afirma que a tradição surgiu em 1840 quando, nos Estados Unidos, Esther Howland vendeu mais de 5000 dólares em cartões do Dia dos Namorados, uma quantia elevada na época. A tradição dos cartões foi crescendo desde então até que, no século XX, se espalhou por todo o mundo.