15.9 C
Vila Viçosa
Domingo, Abril 28, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Coordenadora da VMER de Évora pediu a demissão. Presidente da ARS garante continuidade do serviço de emergência (c/som)

A coordenadora da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Évora, Ireneia Lino, apresentou a demissão das suas funções.

Especialista de Medicina Interna, a médica era, há vários anos, a responsável da viatura de intervenção pré-hospitalar adstrita ao Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).

À Rádio Campanário o presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo, José Robalo, referiu que a profissional alegou “razões pessoais” para abandonar o serviço, enaltecendo o trabalho desenvolvido por Ireneia Lino, “tem tido um envolvimento muito significado na manutenção das escalas da VMER”.

José Robalo garante que “desde o final do ano passado até agora, não houve qualquer falha no funcionamento da VMER e isto obriga a uma exigência muito grande, um esforço imenso e uma dedicação muito grande, e talvez por cansaço desse esforço a profissional tenha pedido a demissão”.

O presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo diz ainda que “a VMER está integrada dentro do Serviço de Urgência do Hospital de Évora, a garantia de continuidade vai ser mantida pelo diretor de serviço de urgência e será ele que irá propor um novo coordenador para o funcionamento da VMER”.

Recorde-se que a VMER por diversas vezes esteve inoperacional.

Em dezembro de 2013, a VMER esteve inoperacional em pelo menos três casos de emergência, um acidente que envolveu dois automóveis e um cavalo, provocando quatro mortos e quatro feridos graves. 

Em abril de 2014, voltou a não participar no socorro a dois homens que sofreram um acidente, perto de Reguengos de Monsaraz, e que acabaram por morrer.

O mesmo aconteceu quando, em setembro de 2014, por falta de recursos humanos, não socorreu um homem de 64 anos em paragem cardiorrespiratória, que acabou por morrer. 
Depois deste caso, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo abriu um inquérito para averiguar os motivos da inoperacionalidade da VMER, tendo concluído pela inexistência de qualquer “atuação digna da censura” ou de “ilícito de natureza disciplinar”.

Populares