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Quinta-feira, Dezembro 12, 2024

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Covid 19: Hospital de Évora diz ter cumprido a sua missão no surto do lar der Reg. de Monsaraz e desconhece relatório da IGAS

O surto de covid-19 no Lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), em Reguengos de Monsaraz, foi detetado a 18 de junho de 2020 e provocou 18 mortes (16 utentes e uma funcionária da instituição e um homem da comunidade).

Conforme notícia avançada pela Agência Lusa, fonte do HESE  afiançou que “a intervenção do hospital neste surto cumpriu plenamente a sua missão, dando a resposta necessária aos doentes”.

A mesma fonte limitou-se a acrescentar que a administração hospitalar desconhece, “para já, o relatório da IGAS”.

Recorde-se que, já no dia de hoje, a Administração regional de Saúde do Alentejo adiantou igualmente A ARS Alentejo informa que não tem conhecimento do relatório da IGAS. No momento [em] que o tiver irá analisá-lo com a devida atenção e, se assim o entender, pronunciar-se-á sobre o mesmo”.

As conclusões da IGAS, no inquérito ordenado pelo Ministério da Saúde no seguimento do surto no lar da FMIVPS, admitem “responsabilidade deontológica” dos médicos que recusaram visitar a instituição no seguimento de instruções da Ordem dos Médicos e de um sindicato.

Sobre a responsabilidade das administrações e autoridades regionais e locais de saúde, a IGAS conclui , conforme avança a Lusa, que a conduta da ARS do Alentejo “pautou-se pela articulação com todas as entidades envolvidas”, mas aponta que no caso da Autoridade de Saúde Regional do Alentejo, para a qual foi recentemente nomeado um “novo titular”, a sua “eventual responsabilização disciplinar já se encontra prescrita”. Já a autoridade local de saúde teve o comportamento “exigível”.

Ao nível das unidades de saúde, a IGAS aponta falhas ao HESE e às unidades locais de saúde (Norte Alentejano, Litoral Alentejano e Baixo Alentejo), mas conclui que “a deficiente colaboração dos estabelecimentos hospitalares envolvidos não implicou aumento de risco ou prejuízo para os utentes do Lar e/ou para terceiros”, tendo a ministra Marta Temido recomendado uma maior articulação, “atenta a imperativa necessidade de um melhor trabalho em rede, em semelhantes circunstâncias futuras”.

As informações foram divulgadas pela tutela na segunda-feira e os documentos referentes ao processo serão remetidos ao Ministério Público da comarca de Évora, onde decorre um inquérito de natureza criminal, assim como ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS).

 

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