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Depois de uma década e meia, nasceram as duas primeiras crias de águia-pesqueira no Alqueva

O projeto de reintrodução da águia-pesqueira em Portugal começa a dar os seus primeiros frutos com o nascimento de duas crias na zona do Alqueva.

Desde 2011, altura em que foi iniciado um projeto de reintrodução de águia- pesqueira, em Portugal, pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO – InBIO), foram transferidas para a zona do Alqueva cerca de 56 aves juvenis provenientes da Finlândia e da Suécia.

De acordo com fonte do CIBIO- InBIO, o objetivo do processo de reprodução da especíe no local onde foram libertadas, foi alcançado, “as aves dispersaram para África e, após três anos, já na maturidade, voltaram,nasceram agora as primeiras crias fruto de processo de reprodução entre um macho juvenil de origem filandesa que tinha sido reintroduzido na zona do Alqueva e de uma fêmea oriunda da Alemanha que tinha sido transferida para Marismas del Odiel, em Espanha “.

 Destacando que as condições propícias do habitat  localizado no Alqueva, contribuiram para este processo de reprodução “a barragem tem várias árvores que morreram com o alagamento mas ficaram de fora de água tornando-se  árvores secas que são muito atractivas para as aves construírem ninhos”.

Recorde-se que a águia – pesqueira (Pandion haliaetus) que habitava a costa portuguesa ,desde o século XIV, deixou de se reproduzir no território nacional, em 1997, devido tanto à morte acidental da fêmea reprodutora do último casal que se reproduzia na Costa Vicentina, como ao desaparecimento gradual das populações da costa continental da Europa mediterrânica.  O último macho reprodutor deste casal foi avistado pela última vez, em 2002.

O projeto de reintrodução desta ave rapina desenvolvido pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos é apoiado financeiramente pela empresa EDP.

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