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Derrocada de pedreira de Borba e corte de azinheiras no Alto Alentejo entre os piores factos ambientais de 2018

A derrocada de um talude de uma pedreira em Borba e Corte de azinheiras no Alto Alentejo estão entre os piores factos ambientais de 2018, segundo a associação ambientalista Quercus.

De acordo com o “Balanço Ambiental 2018”, agora publicado, a tragédia de Borba é a primeira referência no que toca a factos negativos, que segundo os ambientalistas foi algo “potenciado pela exploração exaustiva dos recursos naturais, onde os valores económicos se sobrepuseram aos critérios ambientais e de segurança”.

Segundo os ambientalistas a tragédia de Borba “não é apenas um exemplo da falta de uma política de prevenção, que infelizmente tem vindo a ser cada vez mais comum em Portugal, com consequências a lamentar pela perda de vidas humanas, mas uma imagem do que se passa a nível mundial com a exploração desenfreada dos recursos naturais”, pode ler-se no balanço.

No que respeita ao corte de centenas de azinheiras de grande porte foram arrancadas e cortadas no Alto Alentejo, a Quercus aponta que a operação que “não teve a necessária autorização do ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas”, onde o objetivo foi “instalar um olival intensivo nos terrenos onde existia o povoamento de montado de azinho, um habitat fortemente protegido pela legislação nacional”.

Segundo os ambientalistas, “este ato representa um crime ambiental de extrema gravidade, uma vez que implica a destruição de montado de azinho, um ecossistema único e um verdadeiro símbolo nacional”.

Para além dos pontos já referidos, a Quercus aponta ainda que “Portugal não vai atingir os objetivos preconizados pelo Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU2020)”, assim como coloca  o “processo de decisão do Novo Aeroporto de Lisboa no Montijo” entre os piores factos.

Também no mesmo âmbito, a associação ambientalista coloca entre os principais pontos negativos deste ano a “Autorização para colocar em marcha o funcionamento do Armazém Temporário Individualizado em Almaraz” e “Contínuo crescimento da Vespa asiática em Portugal”, algo que afeta de certo modo a região Alentejo.

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